AUTORES: Adriane Ramos Zimmer (UFRGS, adrianezimmer@hotmail.com); Eduardo Homem de Siqueira Cavalcanti (INT, eduardo.cavalcanti@int.gov.br); Marco Flôres Ferrão (mfferrao@gmail.com); Fátima Menezes Bento (UFRGS, fatima.bento@ufrgs.br)

RESUMO: O biodiesel brasileiro é obtido principalmente a partir da soja (78 %), e da gordura bovina (19%) (ANP, 2016). Isto ocorre porque nem todas as matérias primas disponíveis apresentam uma composição de ácidos graxos adequada para gerar um biodiesel que atenda as especificações exigidas no Regulamento Técnico nº 3/2014, que integra a Resolução ANP Nº 45, de 25.8.2014 – DOU 26.8.2014
Apesar da crescente utilização do biodiesel e dos benefícios oriundos do novo produto, problemas que dificultam o dia a dia dos revendedores e consumidores ainda são comuns. A queixa atual se concentra na borra formada em tanques de armazenamento e no reservatório do filtro. Com aspecto viscoso, a borra faz com que os filtros fiquem entupidos e tenham que ser trocados com maior freqüência. Os principais problemas causados pela atividade microbiana são a formação de biofilmes (na interface óleo/água e sobre as paredes dos tanques) e a corrosão influenciada por microorganismos (CIM) das estruturas metálicas. Também os processos de degradação química podem ser acelerados pela presença de microrganismos. A biodeterioração do combustível, entretanto, é mais problemática em sistemas de armazenamento com baixa rotatividade, onde o combustível permanece armazenado por um período superior a 30 dias. Em sistemas de combustíveis com taxas de rotação mais rápida, o risco de dano ao sistema de armazenamento é substancialmente maior do que o risco de biodeterioração do produto. Considerando-se as dimensões territoriais brasileiras e a complexidade da logística de distribuição e entrega do biodiesel nas distribuidoras, estudos de evolução da vida de prateleira e da estabilidade ao armazenamento do biodiesel são de fundamental importância. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a susceptibilidade de biodieseis derivados de duas diferentes matérias prima (soja e sebo) e de um biodiesel composto pela mistura de ambas (mistura soja/sebo) á contaminação microbiana em condições de armazenamento simulado na presença e ausência de fase aquosa livre.

Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 2, p. 1115