Autores: Maríthiza Gonçalves Vieira (UFG, marithiza@hotmail.com), Lilian Ribeiro Batista (UFG, lilianribeiro_18@hotmail.com), Aline Silva Muniz (UFG, alinesmuniz@yahoo.com), Nelson Roberto Antoniosi Filho (UFG, nlliantoniosi@hotmail.com)

Resumo: No Brasil cerca de 70% de todo o biodiesel produzido é obtido através da soja (ANP, 2019). No entanto, a produção de biodiesel utilizando a soja como matéria-prima apresenta algumas desvantagens, tais como, o baixo teor de óleo das sementes (cerca de 21%), além da baixa produtividade, cerca 560 kg/ha (Ramos et al., 2017). Assim, diversas pesquisa têm buscado avaliar o potencial de outras oleaginosas não convencionais para a produção de biodiesel. Nesse cenário, o cártamo (Carthamus tinctorius L.) foi identificado com potencial matéria-prima para a produção de biodiesel (Hamamci et al., 2011). O cártamo é uma oleaginosa pertencente à família Asteraceae. Possui um ciclo de curto de cultivo (130 – 140 dias) que suporta altas temperaturas e climas semiáridos, além de apresentar alta produção e boa adaptação ao clima brasileiro. O teor de óleo varia de 32 a 40% (Kumar et al., 2017) podendo variar de acordo com os genótipos das sementes. A colheita é mecanizada e semelhante ao de culturas convencionais brasileiras, como soja e milho (Hamamci et al., 2011). Além disso, o cártamo possui potencial de produção de 1000 a 3000 kg de óleo por hectare, o que é consideravelmente superior ao da soja. Oleaginosas que são capazes de fornecer um maior rendimento de óleo são as preferidas para a indústria de biodiesel, uma vez que podem resultar na redução dos custos de produção (Ramos et al., 2017). Assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a fração lipídica da semente de cártamo como potencial matéria-prima para produção de biodiesel.

Trabalho completo: 7° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel, p. 149