Autores: Thais Livramento Silva (LABBIO-UFRGS thais.livramentos@gmail.com); Idalba Souza dos Santos
(idalbaengenharia@yahoo.com.br); Camila Rocha Louzeiro (camilarlouzeiro@gmail.com); Juliana Aguilar Guimarães (aguilarjuliana@hotmail.com); Juciana Clarice Cazarolli (jucianacazarolli@gmail.com); Mariane Rodrigues Lobato (LABBIO-UFRGS marianelobato88@gmail.com); Fátima Menezes Bento (LABBIO-UFRGS fatima.bento@ufrgs.br)
Resumo: Os biocombustíveis são alternativas de natureza renovável e que geram menos impacto quanto à liberação de poluentes atmosféricos (Othman et al., 2017; Sakthivel et al., 2018). No Brasil, os biocombustíveis estão sendo incorporados à matriz energética do país desde 2008, por meio de leis que determinam a obrigatoriedade de sua adição (ANP, 2019). Segundo a ANP, o diesel rodoviário (classificado como diesel B) recebe a adição obrigatória mínima de 11% e máxima de 15% de biodiesel. O diesel marítimo (classificado como diesel A) ainda não recebeu a obrigatoriedade da adição de biodiesel, mas com a política de expansão do marco legal estabelecido com o RENOVABIO, em breve teremos que conhecer como se comportará a mistura quanto à estabilidade ao armazenamento. As vantagens e suscetibilidades do uso de biodiesel em diesel rodoviário já são bem conhecidas (Bento et al., 2016). Segundo a literatura, a Marinha Americana já testou uma isoparafina sintetizada (SIP-76), misturada ao diesel marítimo (NATO F-76), na tentativa de reduzir a dependência de recursos fósseis, sem a necessidade de nenhuma modificação ao equipamento existente (Fu et al., 2019). No Brasil, Prucole, (2014) avaliaram amostras de diesel naval nas misturas de 2,5 e 10% de biodiesel de soja quanto à combustão. A higroscopicidade do biodiesel e as condições de estocagem dentro das embarcações para a mistura (Bx) devem ser investigadas, considerando os ambientes marítimos (alto teor de umidade) e flutuações de temperatura (Fu et al., 2019). A incorporação de água pode ocorrer por problemas de vedação ou pela condensação da umidade nas paredes dos caminhões e tanques. O contato direto com a água livre que se forma favorece o crescimento de microrganismos (presentes no ar e no combustível naturalmente), que é constatado pela presença de biofilmes que se formam na interface óleo-água ou ficam aderidos às paredes do tanque, comprometendo a qualidade final do combustível. O objetivo do trabalho foi avaliar o impacto da adição de 10 e 20% de biodiesel ao óleo diesel marítimo, com relação à formação de lodo de origem biológica, utilizando-se como inóculo uma amostra do biofilme formado diretamente de tanques de armazenamento de uma embarcação (condição real).
Trabalho completo: 7° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel, p. 74