AUTORES: Camila Peixoto do Valle (DQOI/UFC, milapeixotovalle@yahoo.com.br), Igor Rodrigues Firmiano Aguiar (NUTEC, igorfirmiano@hotmail.com), Jackson de Queiroz Malveira (NUTEC, jacksonmalveira@hotmail.com)

RESUMO: Na incansável busca por fontes de energia renovável e por matérias primas viáveis a produção de biodiesel, o óleo de pescado oriundo do resíduo da atividade industrial ou de cooperativas de pescadores tem demonstrado ser uma alternativa de potencial ainda pouco explorado pela indústria de biocombustíveis. Entre os pescados de elevada produtividade nacional destaca-se a Tilápia do Nilo (Orechromis niloticus). O óleo obtido a partir do cozimento das vísceras, devido não atender aos rigorosos critérios da indústria alimentícia, é frequentemente encontrado poluindo ambientes aquáticos e solos, sendo um problema de natureza sócio ambiental. A utilização dessa matéria-prima como insumo na produção de biodiesel, além de reduzir os problemas relativos ao descarte inapropriado, poderia gerar renda e lucro as comunidades carentes produtoras do pescado. No geral, o óleo apresenta composição elevada em ácidos graxos insaturados, o que favorece o desenvolvimento da rancidez oxidativa. Esta pode ser reduzida com o uso de aditivos. Antioxidantes como BHA ou BHT são conhecidos por retardarem efeitos de oxidação na viscosidade, acidez e
índice de peróxido do biodiesel. O objetivo do trabalho foi produzir biodiesel a partir de óleo das vísceras da Tilápia, caracterizá-lo quanto a alguns parâmetros físico-químicos estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e avaliar sua estabilidade oxidativa com adição de antioxidantes sintéticos (BHT e BHA) e natural (Ácido Gálico).

Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 2, p. 1023