Autores: Marcos Antonio Polinarski (Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE), polinarski.marcos@gmail.com), Andressa Caroline Neves (UNIOESTE, andressacarolineves@gmail.com), Fábio Rogério Rosado (UFPR, fabiorosado.bio@gmail.com), Adriana Fiorini Rosado (UFPR, drifiorini@gmail.com), Helton José Alves (Universidade Federal do Paraná – UFPR, helquimica@gmail.com).

Resumo: As diminuições dos teores de enxofre no óleo diesel, ainda que associadas a melhoria da qualidade do ar, podem promover mudanças em suas propriedades, como a redução da densidade, condutividade elétrica e lubricidade (Knothe, Steidley, 2006). Atualmente, no Brasil, dois tipos de óleo diesel são comercializados para uso rodoviário. O diesel com até 500 mg kg-1 de enxofre (S500) e com até 10 mg kg-1 (S10) (ANP, 2013). Com a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira, foram estabelecidos percentuais mínimos deste biocombustível ao diesel fóssil. Atualmente a porcentagem exigida é de 10%, com mandatório para 11% a partir dos próximos meses. A introdução do biodiesel, assim como as reduções dos teores de enxofre, apresenta vantagens numa perspectiva ambiental. No entanto, características como a baixa estabilidade química, presença de ácidos graxos de cadeia longa e capacidade de absorver água, tornam o biodiesel mais suscetível à contaminação microbiana (Jakeria et al., 2014; Azambuja et al., 2017). A presença de enxofre pode ser um inibidor ao crescimento de microrganismos e que as mudanças nas propriedades físicas e químicas promovidas pela dessulfurização podem criar condições para o desenvolvimento microbiológico (Dodos et al., 2011; Azambuja et al., 2017). Gaylard, Bento e Kelley (1999) defendem que o teor de 1% de água é suficiente para iniciar crescimento microbiano no diesel, onde até microlitros de água são suficientes para iniciar tal atividade biológica. A qualidade final do combustível depende de diversos fatores, como a origem do petróleo processado, processos durante o refino (hidrotratamento), tipo e origem da matéria prima utilizada (no caso de biodiesel) e principalmente as condições de estocagem, pois é nela que o combustível se torna mais susceptível a degradação (Azambuja et al., 2016). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento microbiano de combustível diesel S10 e S500 com diferentes concentrações de água durante estocagem simulada por 70 dias.

7° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel, p. 39