AUTORES: Henrique Leonardo Maranduba (PPGDMA/BIOMA/UESC, henrique.leo@gmail.com), Joabe Vieira Andrade Souza (BIOMA/UESC, joabe.vas@gmail.com), Rosenira Serpa da Cruz (PROCIMM/BIOMA/DCET/UESC, roserpa@uesc.br), José Adolfo de Almeida Neto (PPGDMA/BIOMA/DCAA/UESC, jalmeida@uesc.br)

RESUMO: Apesar das projeções indicarem que, até o ano de 2030, o petróleo de origem fóssil permanecerá como a principal matéria-prima para os combustíveis do setor de transporte, nos últimos 20 anos, cresce continuamente a sua substituição por biocombustíveis como bioetanol e biodiesel. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil é um dos maiores players mundiais do setor energético, com uma participação três vezes superior à média nacional, das energias renováveis na matriz energética. Sendo o segundo maior produtor mundial de bioetanol, com cerca de 30 milhões de m³/ano, e uma produção de biodiesel de 3,94 milhões de m³/ano. O incentivo técnico e socioeconômico público do Governo Federal no setor de biodiesel se deu efetivamente a partir da criação e promulgação da lei 11.097/2005 que instituiu o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – PNPB. O PNPB introduzia o biocombustível derivado de óleos e gorduras, de origem vegetal ou animal, na matriz energética brasileira, estabelecendo compulsoriamente um percentual de mistura do biodiesel no diesel fóssil. O aumento do percentual de biodiesel na mistura ao longo do tempo poderá influenciar no aumento e/ou na diminuição da demanda de determinadas matérias-primas, interferindo no mercado de biodiesel e de outros produtos correlacionados, dentro e fora do Brasil. A Avaliação Consequencial do Ciclo de Vida (ACVC), em contraposição à Atribucional, considera os processos marginais, ou seja, fora da fronteira do sistema de produto estudado, afetados pela variação na demanda provocada pelo biodiesel. Este estudo considerou a abordagem consequencial para avaliar os impactos ambientais da projeção da mistura diesel-biodiesel de 2016 a 2030.

Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 2, p. 797