Para demonstrar a força e eficiência dos bicombustíveis, as associadas da Ubrabio estiveram presentes com equipamentos movidos a 100% biodiesel.
A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) marca presença, nesta terça-feira (8), na cerimônia de sanção da Lei do Combustível do Futuro, que coloca o Brasil em um cenário de oportunidades pelo fortalecimento da indústria, alcançando o posto de potência mundial na produção de biodiesel.
Para demonstrar a força e eficiência dos biocombustíveis, as associadas da Ubrabio estiveram presentes com equipamentos movidos a 100% biodiesel. A Oleoplan e a Potencial trouxeram quatro caminhões B100, que viajaram do Rio Grande do Sul e Paraná até a capital federal. Dois caminhões da Oleoplan foram dirigidos por mulheres, ato que simboliza a representatividade feminina no segmento. A BRG também trouxe um gerador movido 100% a biodiesel. O equipamento vem sendo utilizado pela empresa em grandes eventos internacionais no Brasil. Já na aviação, as aéreas Azul e GOL terão exemplares de aeronaves em alusão à importância da produção e do uso do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) para a descarbonização do setor aéreo.
Segundo a motorista Edileide Santos, que veio dirigindo um dos caminhões movidos por biodiesel, fazer parte deste momento histórico é uma honra, além de ser extremamente importante para a melhoria do meio ambiente, da vida das pessoas e do nosso país. “Sou natural de Seabra, na Bahia. Dirijo na estrada há mais de 3 anos e estou muito orgulhosa de estar representando a Oleoplan e o setor de bicombustíveis, vindo até Brasília do Rio Grande do Sul, em um veículo que utiliza biodiesel, um combustível que não deixa nada a desejar em potência, desempenho e segurança e ainda é econômico, sustentável e menos poluente. Eu estou muito emocionada”, ressaltou a caminhoneira de 23 anos.
A Ubrabio comemorou a conquista e destacou a importância da nova legislação. Para o presidente do Conselho Superior da Associação, Juan Diego Ferrés, “a nova legislação aproveita os inigualáveis potenciais brasileiros e contribui para um novo modelo de política energética sustentável e o crescimento do país nas cadeias avançadas da economia global.”
O presidente do Conselho de Administração da Oleoplan e vice-presidente de Assuntos Tributários da Ubrabio, Irineu Boff, afirma que “a sanção faz do Brasil mais forte e uma referência mundial em energias renováveis”. Já Eduardo Hammerschmidt, vice-presidente do Grupo Potencial e de Relações Associativas e Institucionais da Associação, destacou que “a aprovação do combustível do futuro vai trazer novos investimentos para o nosso país, beneficiar milhares de famílias, com geração de emprego e renda”.
O diretor da Peter Cremer Brasil e diretor de Coprodutos da Ubrabio, João Artur Manjabosco, ressaltou que o projeto vai colocar o Brasil em uma nova posição global frente à produção de combustíveis renováveis. Enquanto para o CEO da Fiagril e presidente do Sindibio – Mato Grosso, Henrique Mazzardo, a nova lei cria oportunidades na agroindústria brasileira, com a expansão da economia verde no Brasil e no mundo.
“Há muito tempo, sabemos da importância do biodiesel no cenário econômico para o Brasil e, principalmente, na jornada desafiadora da transição energética. Hoje, a gente tem um marco importante, que é a Lei do Combustível do Futuro”, foi o que disse Paula Cristina Crispim, diretora executiva do Grupo BRG Brasil Geradores. Para o diretor da divisão de Monômeros da BASF na América do Sul, Alejandro Bossio, “o setor está otimista com o crescimento do biocombustível, com todo seu potencial social, econômico, de segurança energética e climática”.
Segundo o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, “a Lei do Combustível do Futuro coloca o Brasil em um cenário de oportunidades, tornando o país uma potência na transição energética a nível global”.
Entenda os benefícios da nova lei
O Brasil está se tornando um protagonista mundial na política pública de biocombustíveis e, a lei sancionada, proporciona à sociedade avanços econômicos, sociais, ambientais e de saúde pública, totalmente integrada com as práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança). Confira alguns pontos:
Econômico:
– Substituição da importação de diesel pela produção do biodiesel nacional;
– Verticalização da produção, agregando valor aos produtos da indústria brasileira;
– Desinflação – com a produção de soja, destinada à indústria do biodiesel, há aumento na produção do farelo, o que significa mais ração para animais, barateando o preço das carnes e derivados ao consumidor final. A produção de energia não compete com a de alimentos e, sim, estimula neste caso.
Ambientais:
– Redução dos gases de efeito estufa – CO₂
– Combate aos efeitos da poluição – as chuvas ácidas, que ocorreram em alguns locais do Brasil, são resultantes dessas emissões.
– Melhoria da qualidade do ar – exemplo de São Paulo, que recentemente teve a pior qualidade do ar do mundo.
Sociais:
– Saúde da população – Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são milhões de pessoas que sofrem com doenças respiratórias devido à poluição do ar. No diesel, estão presentes hidrocarbonetos policíclicos aromáticos – HPA, entre outras substâncias cancerígenas, que o biodiesel não possui.
– Selo Bicombustível Social – o Programa tem hoje uma aquisição em torno de R$ 9 bilhões por ano em de matérias-primas advindas da agricultura familiar, sendo o maior programa privado de transferência de renda.
– O programa abrange cerca de 300 mil pessoas. O Governo Federal decidiu ampliar a iniciativa. Anteriormente, eram apenas matérias-primas para a produção de biodiesel.
Atualmente, a decisão do governo foi de expandir para outros produtos, fortalecendo a agricultura familiar.
Governança:
– O biodiesel tem a mais rigorosa especificação técnica do Brasil e do mundo.
– A lei busca assegurar segurança jurídica e previsibilidade nos investimentos do setor.
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