Autores: Adriane Ramos Zimmer (LABBIO-UFRGS, adrianezimmer@hotmail.com), Fatima Menezes Bento (LABBIO-UFRGS, fatima.bento@ufrgs.br)
Resumo: O desenvolvimento de populações microbianas nos tanques de armazenamento afeta diretamente a qualidade final do combustível, acarretando em grandes perdas para fabricantes, revendedores e também para o consumidor final. O biodiesel é um combustível especialmente susceptível a contaminação e o recente aumento no teor de biodiesel na mistura para um mínimo de 11% ( máximo de 15%), acentua ainda mais esta susceptibilidade. Os tanques contaminados podem ser facilmente identificados pela presença de uma fase aquosa e uma fase oleosa e o monitoramento de ambas deve ser feito de forma específica e separada. Para a manutenção da qualidade do produto, as Boas Práticas (NBR 15.512) recomendam a drenagem de tanques e filtração dos combustíveis, o que evita o acúmulo de água e desenvolvimento microbiano. Como procedimento químico, a utilização de biocidas específicos para o uso em combustíveis e biocombustíveis tem sido recomendada nos Estados Unidos e Europa. No Brasil não existem ainda políticas de regulação claras para estes produtos, mas o IBAMA é o órgão responsável designado para a regulação dos biocidas (Resolução ANP nº 704/2017)3 As exigências para um produto desta natureza incluem: amplo espectro de ação (atividade contra fungos, bactérias aeróbias e anaeróbias); capacidade de manter seu efeito inibidor em presença de outras substâncias no meio; não ser corrosivo ao sistema; apresentar propriedades de biodegradabilidade; coeficiente de partição que garanta ação nas fases oleosa e aquosa e ter baixo custo. Questões como qual o biocida e quais as concentrações indicadas, qual a fase a se tratar (oleosa, aquosa ou interface), qual o tempo de preservação do combustível pelo biocida, como descartar a fase aquosa dos tanques tratados com biocida entre outras ainda precisam de maiores estudos. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade de nove (9) formulações de biocidas em meio mineral (fase aquosa) e misturas B100 e B5 (fase oleosa) em uma simulação de armazenamento, com relação a preservação ou erradicação da contaminação microbiana.
Trabalho completo: 7° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel, p. 92