12/09/2019 – Imagina chegar em uma máquina semelhante a um caixa eletrônico, descartar o óleo de cozinha usado no equipamento e ainda ganhar descontos na contas ou créditos em estabelecimentos parceiros. Essa é a ideia da startup “Óleoponto” que nasceu em Jardim (MS) e está ganhando o Brasil.

À reportagem do Campo Grande News, o arquiteto e urbanista Zadrik Mendonça, de 37 anos, conta que há dez anos planejava montar uma empresa de biodiesel quando começou a pensar no descarte do óleo de cozinha, especialmente o de uso doméstico.

Esse combustível é feito a partir do óleo usado de soja ou de outros vegetais e nesse contexto entra a necessidade de ter um certo “estoque” do produto. O problema é que não é tão fácil assim conseguir já que muita gente ainda faz o descarte irregular do óleo de cozinha.

Zadrik explica que a legislação atual trata apenas do descarte feito por grandes gerados, como bares e restaurantes. Enquanto isso o usuário doméstico nem sempre tem incentivo para doar esse óleo usado para reciclagem.

Pensando nisso e assistindo muita palestra de empreendedorismo, o arquiteto decidiu criar, em 2017, o “Óleoponto”. Ele pesquisou antes para saber se existia alguma máquina parecida, contou sobre o projeto para a esposa e acabou desenhando a ideia.

Em novembro daquele mesmo ano ele patenteou o projeto que agora está sendo elaborado por uma empresa junior da EESC da USP (Escola de Engenharia de São Carlos).

Quem também está auxiliando é Gabriel Costacurta que, na ocasião, fazia parte de outra empresa junior ligada à FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP. A empresa junior da FEA ajuda atualmente com o plano de negócio deste projeto.

O modelo de negócio da “Óleoponto” foi apresentado durante o Encontro Nacional das Empresas Juniores (ENEJ), realizado entre os dias 4 e 7 deste mês, em Gramado (RS).

Novos passos – O equipamento de coleta do óleo usado deve ficar pronto em janeiro do ano que vem. Antes disso, um teste será realizado a partir do dia 23 de setembro em um hipermercado localizado na Rua Spipe Calarge.

Conforme Zadrik, a cada litro de óleo descartado de maneira irregular outros 25 mil litros de água são contaminados. “A gente propõe fazer essa transformação. A pessoa vai poder ganhar algo em troca e se não quiser essa pontuação vai poder doar para uma entidade filantrópica”, declarou.

Fonte: Campo Grande News