A produção de energia para o setor de transportes será particularmente afetadas pela transição energética que começa a se consolidar no mundo. A segurança energética, a prevenção às mudanças climáticas e o controle da poluição nas grandes cidades são três importantes fatores a serem levados em consideração nesse processo.

De acordo com estudo lançado esta semana pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ainda há incertezas acerca do ritmo da transição energética, da entrada das inovações e mesmo de definição das rotas tecnológicas que serão hegemônicas no futuro. Mas uma coisa é certa: os biocombustíveis terão um papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa no setor transporte até 2050 no Brasil.

No caso dos veículos pesados para transporte de carga e passageiros (caminhões e ônibus, por exemplo) a transição do diesel fóssil para tecnologias como a híbrida, elétrica e mesmo a GNV/GTL deve esbarrar em dificuldades no curto prazo. “Nos próximos anos, haverá a necessidade de elevados investimentos,  considerando que a infraestrutura para abastecimento destas novas tecnologias é inexistente, embrionária ou localizada, restringindo o uso somente a determinadas regiões geográficas no Brasil”, aponta o relatório.

Para a Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), o biodiesel se apresenta como uma janela de oportunidade neste sentido, já que os veículos a diesel já estão aptos a serem abastecidos com biodiesel, o que já ocorre hoje, mas pode ser expandido.

Atualmente, todo diesel comercializado no país conta com 10% de biodiesel, o B10. Em junho, a porcentagem será de 11% e até 2023 a previsão legal é de que se alcance 15% de mistura. A medida tem como um dos principais pilares a sustentabilidade, já que o uso de biodiesel contribui significativamente para a redução de GEE, material particulado e outros poluentes atmosféricos.

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