Especialistas recomendam uso de máscaras semelhantes às usadas em áreas contaminadas por radiação. Preocupação é com as micropartículas, tão pequenas, que penetram profundamente nos pulmões.

Na Ásia, gigantescas nuvens de poluição estão se espalhando pelo continente. A situação é mais grave na China, mas já ameaça até os moradores do Japão.

A poluição chinesa é tão perigosa que aquelas máscaras, que os japoneses geralmente usam para evitar alergias e transmissão da gripe, não são suficientes. Especialistas aconselham os moradores do leste do Japão, perto da China, a usarem máscaras especiais, semelhantes às usadas nas áreas contaminadas por radiação depois da explosão na usina de Fukushima, há dois anos. Só elas conseguem conter as partículas de fuligem.

No mapa do vídeo, feito com base num estudo da Universidade de Kiushu, no sul do Japão, é possível ver a gigantesca nuvem de poluição que cobre grande parte da Ásia. As partes vermelhas são as regiões com maior concentração de poluentes, e incluem Índia, Camboja, Tailândia e, principalmente, China. Pequim está bem na área em pior situação. E esta nuvem se move em direção ao Japão e chega bem perto de Tóquio. Preocupação para grande parte dos moradores da Ásia.

No leste da China, os policiais que controlam o trânsito foram autorizados a trabalhar com máscaras. De cada cinco policiais, dois estão com problemas de garganta. Em Pequim, para sair nas ruas, só usando máscaras. A preocupação é com as micropartículas. São tão pequenas que penetram profundamente nos pulmões e podem causar câncer, entre outras doenças.

A poluição pode atrapalhar a maio festa da China – a comemoração do ano novo chinês, no dia 10 de fevereiro. Surgiu a proposta para banir os fogos de artifício da festa para não aumentar a fumaça nas grandes cidades. Se a iniciativa for aprovada, será uma decepção. Ainda mais porque os chineses foram os inventores dos fogos.

Na capital da Índia, a qualidade do ar estava pior que em Pequim em alguns dias desta semana. Quase 70% da poluição é causada pelos carros – quase todos movidos à diesel. Jornais locais calculam que a população seja a responsável direta por mil mortes por ano na capital indiana.