AUTORES: Karoline Costa Almeida (Embrapa Agroenergia, karolx121@hotmail.com), Patrícia Pinto Kalil Gonçalves Costa (Embrapa Agroenergia, patricia.costa@embrapa.br), Itânia Pinheiro Soares (Embrapa Agroenergia, itania.soares@embrapa.br), Léia Cecília de Lima Fávaro (Embrapa Agroenergia, leia.favaro@embrapa.br), ThaísFabiana Chan Salum (Embrapa Agroenergia, thais.salum@embrapa.br)

RESUMO: Atualmente, praticamente todo o biodiesel comercialmente produzido no mundo é obtido por processo alcalino. Entretanto, a catálise alcalina possui diversos problemas: o consumo de energia é muito alto, a recuperação do glicerol é difícil e o catalisador alcalino solúvel precisa ser removido do produto. Assim, a necessidade de tratamento do efluente alcalino gerado e o alto consumo de água durante a lavagem nos passos de purificação, faz com que o processo alcalino tenha um impacto significativo no meio ambiente. Além disso, se o óleo contém ácidos graxos livres, como o óleo de dendê e o óleo de fritura, por exemplo, há a formação de sabões (sais de ácidos graxos), o que leva a uma redução no rendimento da reação, além de dificultar o processo de purificação. A transesterificação enzimática utilizando lipases tem potencial para superar os problemas da catálise alcalina: não ocorrem reações de saponificação durante areação, as lipases esterificam os ácidos graxos livres, o glicerol pode ser facilmente recuperado sem tratamento complexo, o consumo de energia no processo é mais baixo, há uma drástica redução na quantidade de efluentes e as enzimas podem ser reutilizadas. Neste trabalho foram avaliadas 15 linhagens de bactérias isoladas de frutos de dendê para a produção de lipases por fermentação no estado sólido. A lipase com a maior atividade lipolítica foi utilizada em reação de transesterificação para a síntese de biodiesel etílico.

Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 2, p. 817