AUTORES: Eliéser Viégas Wendt (LAMES/UFG, elieserwendt@gmail.com), Aline Terra Soares (LAMES/UFG, alineterras1@hotmail.com), Bruna Ferreira Silva (LAMES/UFG, brufesil@hotmail.com), Juliana Cristina Teixeirade Castro (LAMES/UFG, ju_cris_castro@hotmail.com), Roberto Bianchini Derner(LCA/UFSC,
roberto.derner@ufsc.br), Armando Augusto Henriques Vieira (CCBS/UFSCAR, ahvieira@power.ufscar.br) e Nelson Roberto Antoniosi Filho (LAMES/UFG, nelson@quimica.ufg.br)
RESUMO: Microalgas são micro-organismos de elevada eficiência fotossintética e, consequentemente, elevada produção de biomassa. Dentre as diversas aplicações que vem sendo estudadas para utilização industrial destes micro-organismos, destaca-se a produção de biodiesel pelo fato de serem fontes ricas em triacilglicerídeos. As microalgas têm sido consideradas como única matéria-prima capaz de
produzir um combustível de maneira competitiva com o diesel de origem fóssil. No entanto, a produção de biomassa de microalga para este fim ainda é cara em relação às outras culturas. Visando a redução do custo de produção, devem se utilizar todos os componentes gerados no processo de obtenção do biocombustível como, por exemplo, a biomassa residual como ração animal. Atualmente, a farinha de peixe é o principal ingrediente utilizado na formulação de rações, sendo constituída por 51 a 72% de proteína, 3,2% de fósforo e 6,5% de cálcio. Na aquicultura a utilização de peixes na alimentação de peixes é tida como insustentável, pois para cada 1 kg de peixe de criação produzido é necessário mais de um 1 kg de peixe como alimento. Além disto, a utilização desta matéria-prima como ração animal está diretamente relacionada à atividade pesqueira e, como alternativa, destaca-se o farelo de soja como fonte de proteína vegetal. A obtenção de biodiesel utilizando a transesterificação direta, no qual o processo de extração e transesterificação ocorrem simultaneamente em uma única etapa, tem sido uma alternativa de reduzir o custo de produção e aumentar o rendimento do biodiesel de microalgas. Porém, não se sabe se a biomassa de microalga residual, proveniente deste processo, poderia ser utilizada para outros fins, como na alimentação animal. Neste sentido, avaliou-se a composição de Ca, Mg, K, Na e P em 15 amostras de microalga dulcícolas antes e após o processo de transesterificação direta. Também foi avaliada a composição destes elementos em uma amostra de Desmodesmus ssp., antes e após extração do conteúdo lipídico via solvente.
Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.
Trabalho completo: Livro 2, p. 803