AUTORES: Adriane Ramos Zimmer (UFRGS, adrianezimmer@hotmail.com); Eduardo Homem de Siqueira Cavalcanti (INT, eduardo.cavalcanti@int.gov.br); Marco Flôres Ferrão (mfferrao@gmail.com); Fátima Menezes Bento (UFRGS, fatima.bento@ufrgs.br)

RESUMO: A estabilidade ao armazenamento é ainda uma questão crítica em relação ao sucesso na utilização e comercialização do biodiesel e suas misturas. O biodiesel apesar de ser considerado quimicamente estável, é mais susceptível a degradação química e biológica durante o armazenamento prolongado do que o óleo diesel. Desde a sua implantação vem crescendo as queixas com relação a borra formada em tanques de armazenamento e no reservatório do filtro oriundos de processos degradativos. Dentre os possiveis mecanismos de degradação isolados ou concomitantemente temos: (a) oxidação pelo contato com o oxigênio do ar, a luz e a metais provenientes da corrosão dos tanques; (b) decomposição térmica pela exposição a altas temperaturas; (c) hidrólise pelo contato com a água ou a umidade em tanques e linhas de combustível ou (d) degradação pela contaminação microbiana. A ação de fungos e bactérias pode também acelerar os processos de degradação química. Além destes, a composição do biodiesel, principalmente a natureza de seus ácidos graxos e o grau de instauração pode influenciar estes processos degradativos. O presente trabalho dá continuidade aos estudos de estabilidade ao armazenamento, conduzidos pelo INT (análises abióticas) com a colaboração do LABBIOUFRGS, na avaliação da susceptibilidade a contaminação microbiana de biodiesel. Este estudo teve como objetivo avaliar a biodegradação dos biodieseis produzidos a partir de soja e gordura bovina, predominantes no mercado brasileiro, propositadamente contaminados com o fungo filamentoso deteriogênico Aspergilus niger.

Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 2, p. 1117