Autores: Diogo Keiji Nakai¹ (diogo.nakai@embrapa.br), Patrícia Pinto Kalil Gonçalves Costa¹ (patricia.costa@embrapa.br), José Antônio de Aquino Ribeiro¹ (jose.ribeiro@embrapa.br), Itânia Pinheiro Soares¹ (itania.soares@embrapa.br), Thaís Fabiana Chan Salum¹ (thais.salum@embrapa.br). ¹ Embrapa Agroenergia

Resumo: O biodiesel é o segundo biocombustível mais utilizado no mundo (419,9 x 10³ barris por dia), atrás somente do etanol combustível (1446,2 x 10³ barris por dia) (INDEXMUNDI, 2012). Durante o processo de produção do biodiesel, além dos ésteres (etílicos EE ou metílicos EM) de interesse, diversos intermediários são formados, como ácidos graxos livres (AGL), monoglicerídeos (MAG) e diglicerídeos (DAG). Além disso, residuais de triglicerídeos (TAG) podem também ser encontrados nos produtos finais. Para todos esses compostos existem valores limites que a legislação vigente permite. O parâmetro mais comum da análise de qualidade de biodiesel é o teor de éster. No Brasil o teor mínimo de ésteres (metílicos ou etílicos) é de 96,5% (BRASIL, 2014). O método usual para a determinação desse teor é a cromatografia gasosa. Porém essa metodologia apresenta algumas desvantagens como a necessidade de derivatização de amostras não voláteis. Além disso, amostras com baixos teores de ésteres oferecem riscos às colunas cromatográficas utilizadas (PACHECO et al., 2014; PRADOS et al., 2012). Essas desvantagens são eliminadas ao se utilizar a cromatografia líquida. O objetivo desse trabalho foi o desenvolvimento inicial de uma metodologia de cromatografia líquida de ultra-alta eficiência (UHPLC) com detector de espalhamento de luz (ELSD) para o monitoramento de reações de transesterificação com baixos rendimentos de ésteres ou com velocidades de reação mais lentas que a catálise homogênea padrão. E que assim seja possível quantificar de maneira prática, rápida e simultânea os principais produtos formados durante a reação. Para isso foram utilizados 22 analitos, dentre eles 5 ACG, 4 MAG, 5 EM, 5 EE e 4 DAG, além do próprio óleo de soja.

Trabalho completo: 7° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel, p. 157