10/12/2019 – Relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) conclui que a capacidade de geração de energia a partir de fontes limpas precisa dobrar na próxima década, para alinhar as economias globais às metas do Acordo de Paris, até 2030.

No NDCs in 2020: Advancing Renewables in the Power Sector and Beyond, a Irema estima é que os países signatários precisam ampliar a capacidade de geração limpa, de 3,2 TW, para 7,7 TW no período, em suas contribuições nacionalmente determinadas (NDC, na sigla em inglês).

A revisão do cenário será apresentada na quarta (11), durante a 25º Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas (COP 25). A Irena entende que é economicamente viável dobrar a capacidade instalada global de energias renováveis.

“A análise mostra que um caminho para a economia descarbonizada é tecnologicamente possível e social e economicamente viável”, comenta Francesco La Camera, diretor-geral da organização.

A análise da Irena está em linha com os dados da Agencia Internacional de Energia (IEA), que também aponta para uma necessidade de aceleração da descarbonização para atingir as metas do Acordo de Paris.

E o Brasil? A NDC brasileira prevê a redução de 37% das emissões de gases do efeito estufa (GEE) até 2025 e de 43% até 2030, com base nos níveis de 2005, com aumento da participação de energias limpas na matriz energética para cerca de 45%.

Pelo planejamento atual, presente no Plano Decenal de Energia de 2029, elaborado pela EPE, o crescimento da eficiência ainda apresenta desafios, mas em linhas gerais, a participação das fontes renováveis no horizonte 2025 estão adequadas às metas.

O desafio, contudo é reduzir o saldo das emissões, o que não depende apenas do setor de energia – que deve emitir mais carbono, mesmo com o aumento das fontes renováveis.

Em outubro, o Observatório do Clima, por exemplo, alertou que falta um planejamento claro para a próxima década e, sem a preservação de biomas, como o da Amazônia, o país pode sair da rota para o cumprimentos das metas até 2030.

Fonte: epbr