Seminário “Biocombustíveis: a nova realidade do Brasil” acontece no dia 18 de outubro e vai reunir especialistas e empresários do setor na Câmara Municipal

17/10/2019 – Em 2018, o Brasil produziu o recorde de 5,3 bilhões de litros de biodiesel para abastecer o mercado interno. Com isso, não só os consumidores puderam utilizar um combustível mais limpo como também a indústria pôde retomar sua produção e consolidar a posição do país como segundo produtor global deste biocombustível (atrás apenas dos EUA). Já em 2019, a produção e o consumo no Brasil devem marcar novo recorde: 6 bilhões de litros/ano.

No final do ano passado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou uma resolução que deu previsibilidade inédita para o setor. O cronograma do CNPE estabelece o aumento de 1% ao ano no teor de biodiesel adicionado ao diesel fóssil até 2023. Com isso, a previsão é alcançar o B15 (15% de biodiesel) até março de 2023.

Para o presidente da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, o B11 chega em boa hora e pode ajudar a indústria que vem sofrendo com capacidade ociosa. “O biodiesel representa o equilíbrio. Equilibra as emissões de carbono, que há centenas de anos se acumula na atmosfera pelo uso dos combustíveis fósseis. Equilibra também a exploração dos potenciais brasileiros, reduzindo importação de combustível e fortalecendo a indústria”, celebra Ferrés.

Renovabio e novos investimentos
Outra importante iniciativa do Estado para promover desenvolvimento em sintonia com o movimento mundial de alinhar crescimento econômico e sustentabilidade ambiental, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) tem como cerne a expansão da produção e do uso de combustíveis renováveis na nossa matriz energética.

A evolução do uso de biodiesel, além de estar em linha com o RenovaBio, vai atrair investimentos em novas unidades de produção da ordem de R$ 1,2 bilhão, projeta a Ubrabio.

Serão necessárias 12 novas unidades de produção de biodiesel com a capacidade média de 170 milhões de litros/ano, para atender o B15 nos próximos quatro anos. Isso significa novos empregos, geração de renda e movimentação da economia.

Outro setor que será alavancado é o de processamento de soja. A Ubrabio estima um acréscimo de 15 milhões de toneladas no processamento de soja, o que vai demandar investimento do setor privado equivalente a R$ 3,8 bilhões, além de promover agregação de valor à produção agrícola e fortalecimento da indústria nacional de carnes e derivados.

Além disso, os benefícios ambientais e de saúde pública resultado da substituição crescente do diesel fóssil pelo biodiesel são extensos. Um dos principais exemplos é a redução das emissões de diversos poluentes presentes no diesel extremamente nocivos à saúde, inclusive os cancerígenos. O biodiesel proporciona, ainda, um uso nobre para o sebo bovino, outros óleos não tradicionais e óleo residual (fritura), aproveitados como matéria-prima, contribuindo para eliminar formas de descarte inadequadas que contaminavam especialmente as águas.

“A Ubrabio permanece firme no propósito de produzir combustíveis limpos, reconhecidos, testados e aprovados pela ANP, para melhorar a qualidade de vida de toda a sociedade”, ressalta Juan Diego Ferrés.

Para Ferrés, é preciso também contar com o apoio e a participação daqueles que querem ver o Brasil avançar, sem ficar refém de tecnologias estrangeiras. Por isso, a Ubrabio estará em São José do Rio Preto (SP), no dia 18 de outubro para dialogar sobre essas questões, durante o seminário “Biocombustíveis: a nova realidade do Brasil”. O evento acontecerá na Câmara Municipal de São José do Rio Preto e é organizado pela Ubrabio e pela Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio Preto.

Confira a programação:

18 de outubro de 2019 (sexta-feira)

08:00 – 09:00 – Recepção e Inscrições (Welcome coffee)

09:00- 10:00 – Abertura com autoridades presentes

10:00 – 12:30 – Mesa: Biocombustíveis – Histórico e Oportunidades

Presidente da Mesa: Vinicius Marchese Marinelli (Presidente do CREA-SP)

Palestrantes:

Donizete José Tokarski (Diretor Superintendente da Ubrabio)

Donato Aranda (Professor da UFRJ)

Debates

12:30- 14:00 – Intervalo para almoço

14:00 – 15:30 – Mesa: As Oportunidades de produção e uso de biocombustíveis na macro-região (Oeste paulista, Leste de MS, Sul de GO e Pontal do Triângulo Mineiro)

Palestrantes:

Antonio Celso Abreu (Representante do setor de Logística)

Debates

15:30 – 17:30 – Mesa: O RenovaBio – Programa de redução de emissões e vantagens econômicas à cadeia produtiva

Palestrantes:

Eduardo Aboim Sande (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP)

Juan Diego Ferrés (Presidente da Ubrabio)

Deputado Federal Enrico Misasi (PV-SP)

Debates

17:30 – 18:00 – Encerramento com balanço geral do evento e recomendações