03/07/2019 – Mudanças climáticas custarão US$ 2,4 trilhões à economia mundial até 2030. A perda estimada é consequência da diminuição de produtividade que o calor provocará nos trabalhadores, segundo adverte um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentado nessa segunda-feira, 1º.

O estudo calcula os efeitos do calor e do estresse térmico nos trabalhadores e conclui que haverá uma perda de 2,2% das horas de trabalho global, equivalentes a 80 milhões de empregos em tempo integral. Estima-se um aumento de temperatura mundial de 1,5 ° C até o final do século XXI. Esse excesso de calor eleva os riscos ocupacionais e a vulnerabilidade dos trabalhadores, podendo levar a insolação e até a morte.

Trabalhadores de todos os setores são afetados, mas certas ocupações estão especialmente em risco porque envolvem mais esforço físico ou ocorrem ao ar livre. Tais trabalhos são normalmente encontrados na agricultura, construção, coleta de lixo, trabalhos de reparo de emergência, transporte, turismo e esportes.

No setor agrícola, as mais afetadas serão as mulheres, que constituem a maioria dos trabalhadores dos cultivos de subsistência em áreas pobres. Já na construção civil, os homens serão os mais prejudicados, alerta o relatório.

Algumas regiões correm maior risco de sofrer as consequências adversas do aquecimento global. A OIT aponta que o sul da Ásia e a África Ocidental sofrerão em maior medida. Oito dos dez países que devem ser os mais prejudicados em termos relativos pelo estresse térmico laboral são do grupo de nações menos desenvolvidas: Benin, Burkina Faso, Camboja, Chade, Serra Leoa, Sudão, Togo e Níger.

Fonte: O Povo