As opções de financiamento para a bioenergia alinhado ao clima, conhecidos como bonds verdes, terão um impulso com as auditorias do Renovabio. Nesta quinta-feira (8), a Climate Bonds Iniciative divulgou em relatório de mercado global.
De acordo com a Representante da Climate Bonds Initiative, Thatyanne Gasparotto, o mercado de finanças verdes está ganhando muita força nos últimos anos. “A gente projeta um volume de 250 bilhões de dólares em emissão de títulos de dividas para o ano de 2018 e nós tivemos US$ 161 bilhões emitidos no ano passado”, afirma.
A empresa é responsável por desenvolver a metodologia e os critérios que contam com especialistas de diversos países. “A CBI coordena esse processo e tem uma metodologia definida para cada categoria de ativos e também temos uma rede de verificadores que tem permissão para utilizar esses critérios para trabalhar com o cliente acompanhar e monitorar as operações”, comenta.
A representante ainda destaca que o mercado de dividas no geral tem pouca liquidez, mas é disputado no mercado primário. “Nós observamos muita competição no mercado primário, é um papel que no mercado internacional tem um excesso de demanda cerca de cinco vezes maior que a oferta internacional”, ressalta.
No Brasil, o mercado de títulos verdes começou em 2015 quando o primeiro contrato foi vendido. Desde então, o segmento tem um crescimento constante no mercado doméstico e no exterior. “Somado o volume dos dois mercados tem um total de 4,3 a 4,5 bilhões de dólares de títulos brasileiros verdes rotulados”, pontua.
Os títulos verdes tendem a precificar melhor do que os normais, em que a média no mercado internacional está em torno de 23 a 25 pontos base dependendo dos parâmetros analisados. “No mercado domestico ainda não consigo afirmar de forma categórica que tem esse benefício de preço. O que eu posso afirmar é que não é mais caro”, diz.
Como o mercado doméstico é recente tem casos que houve um beneficio de taxas e que foram emissões do setor do agronegócio. Porém, em outros casos não houve diferenciação.
Fonte: Notícias Agrícolas