AUTORES: Ângela Maria Ferreira Lima (IFBA/DCSA, angelalima@ifba.br), Asher Kiperstok (UFBA/DEA, asher@ufba.br),Ednildo Andrade Torres (UFBA/DEQ, ednildo@ufba.br)

RESUMO: A redução no consumo de combustíveis fósseis tem sido tema de discussão de muitos países pelos efeitos negativos de suas emissões para o meio ambiente,principalmente dos gases de efeito estufa. Os biocombustíveis surgem como uma opção, porém segundo Silalertrusksa&Gheewala (2012), os benefícios ambientais dependem do sistema de produção, tecnologia utilizada,recursos naturais, práticas operacionais e gerenciamento de resíduos. Alguns países adotaram critérios em relação às
políticas governamentais para o uso do biodiesel. É o caso dos Estados Unidos, com o Programa Renewable Fuel Standard (RFS) desenvolvido pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), com limites mínimos de 20% menor nas emissões de gases de efeito estufa, para que o combustível seja considerado renovável, comparado com o diesel,utilizando a ferramenta Avaliação do Ciclo de Vida – ACV
(EPA, 2010). Já a União Europeia adotou ações que garantiram uma economia de carbono real e protegeu a biodiversidade. Somente os biocombustíveis que cumprem os critérios podem receber apoio do governo ou contar para as metas nacionais de energias renováveis (European Commission, 2015).
A avaliação do ciclo de vida (ACV) é uma ferramenta de caráter sistêmica, utilizada para compilar e
avaliar os aspectos e potenciais impactos ambientais em todos os estágios produtivos, que vão desde a retirada das matérias-primas elementares da natureza até à disposição do produto final após o uso. É normatizada pela ABNT NBR ISO 14.040 e 14.044 (2009). Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo identificar o potencial de aquecimento global através da ACV, proveniente da cadeia produtiva do caroço do algodão para produção do biodiesel, considerando as etapas: agrícola; beneficiamento (descaroçamento);extração do óleo; refinamento do óleo e transesterificação do biodiesel na Bahia/Brasil.

Trabalho Apresentado no 6° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 2, p. 767