A Agência Espacial Americana anunciou que o mês passado foi o abril mais quente já registrado na história do planeta.

O nome do mês de abril vem do latim aprire. Abrir, em português. É primavera e as flores abrem no hemisfério Norte. Mas em 2016 bateu um recorde histórico. Foi o mês de abril mais quente já registrado. Aliás, de novembro de 2015 até maio de 2016, todos os meses bateram recorde de calor.

Em fevereiro, os cientistas começaram a falar de uma emergência climática. Foi o primeiro mês em que a diferença de temperatura também foi recorde. Ou seja, esquentou mais do que já tinha esquentado em fevereiro de qualquer outro ano. E isso se repetiu em março.

O alerta vermelho já estava ligado. Agora, quando a Nasa, a Agência Espacial Americana, fechou os dados do mês de abril, os cientistas descobriram que a temperatura média foi 0,24 graus Celsius mais alta mais do que a de abril de 2010, o recorde anterior. Pode parecer pouco, mas não é. Um recorde desses só deveria ser registrado a cada 150 anos. Não em sequência desse jeito.

Gavin Schmidt, um cientista da Nasa, disse numa rede social que 2016, com 99% de certeza, vai bater o recorde de ano mais quente da história. Isso está acontecendo por causa do aquecimento global, em parte causado pelo homem. E também devido ao efeito “El Niño” muito intenso, que leva ao aquecimento da água no Oceano Pacífico e altera o clima no planeta.

Enquanto isso, em Bonn, na Alemanha, a Organização das Nações Unidas faz uma conferência. O objetivo é colocar em prática o acordo do clima assinado em Paris em 2015, quando 176 países se comprometeram a reduzir a emissão de gases que agravam o efeito estufa.

No Japão, as cerejeiras, sempre pontuais, em 2016 abriram até dez dias antes. Talvez a forma mais poética de a natureza pedir socorro.

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