No Estado, todas as usinas de biodiesel estão adaptadas para usar sebo, mas um empecilho climático limita a expansão. O sebo é sensível ao frio e, quando submetido à baixa temperatura, se torna mais sólido, apresenta alta viscosidade e ponto de entupimento de filtro a frio elevado. Por isso, a orientação técnica para o Estado é de uso máximo de 20% da matéria-prima nos meses de primavera e verão e de até 10% no outono e inverno.
Em Lins, São Paulo, a JBS entrou no mercado de biodiesel em 2009, ao incorporar as operações da antiga Bertin, pioneira nesta exploração no país. Hoje, a capacidade instalada da usina é de 560,23 metros cúbicos/dia. Apesar de a empresa usar parcela pequena de outras matérias-primas, como soja, o sebo é o insumo principal. A empresa vende toda oferta para a Petrobras, por meio dos leilões realizados pela ANP. De janeiro a setembro deste ano, já entregou 70.790 metros cúbicos. Novos investimentos dependem de maior consumo.
A viabilidade
– De um modo geral, cada bovino abatido rende 21 quilos de sebo, seja macho ou fêmea, e independentemente da raça;
– Considerando a região de Ijuí, cada quilo de óleo de soja sai por R$ 2,15 para as usinas, enquanto o quilo do sebo custa R$ 2,05 posto na unidade;
– No Estado, o rendimento do sebo bovino por litro é de 94%, enquanto na soja o rendimento sobe para 99%;
– Já em São Paulo, com um quilo de sebo se produz um litro de biodiesel.