Diante do bom desempenho do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), que prevê a adição de biodiesel ao diesel, a Ubrabio defendeu hoje a continuidade do programa, com a criação de novas metas de mistura dos combustíveis. O presidente-executivo da entidade, Odacir Klein, informou que o setor já está preparado para atender a uma adição de 10%, padrão conhecido como B10. Atualmente, o setor trabalha com adição de 5% (B5). “O programa foi muito bem sucedido, mas agora está estagnado”, afirmou durante evento de divulgação do estudo “O Biodiesel e sua Contribuição ao Desenvolvimento Brasileiro”, encomendado pela entidade para a FGV Projetos.
Segundo o executivo, o setor espera que o governo sinalize quais serão as próximas metas de adição e os prazos para seu cumprimento. Em sua visão, o padrão B20, com mistura de 20%, seria adequado para 2020, e poderia ser antecipado de acordo com a disponibilidade do produto. “É importante o governo sinalizar quais serão os próximos passos, para que o setor possa se preparar”, disse. De acordo com Klein, o ideal seria que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promovesse esta mudança no marco regulatório até o final do seu mandato.
A política de mistura dos dois combustíveis foi inicialmente adotada em 2005, com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). Naquele momento, existia uma incerteza sobre a capacidade da indústria nacional para atender a esta demanda, mas a resposta do mercado foi tão positiva que a meta passou de 2% de adição de biodiesel (chamada de  B2) para os atuais 5%, três anos antes do prazo inicialmente previsto. Desde 2005, a capacidade produtiva saltou de 85,32 mil metros cúbicos ao ano para os atuais 5,1 milhões de metros cúbicos, superior à demanda da mistura vigente.
Assessoria de Comunicação Social
Ubrabio/FGV