Representantes do setor de biodiesel estiveram reunidos em Brasília nesta terça-feira (01/08) com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para discutir o aperfeiçoamento do marco legal do setor, bem como temas que tratam do futuro da cadeia produtiva de biodiesel, como o aumento da mistura do biocombustível ao diesel fóssil. O encontro foi realizado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), através do seu presidente, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), e contou com a presença do diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, dentre outras lideranças do setor.

Na reunião, o vice-presidente da República ressaltou que o biodiesel é importante do ponto de vista social, ambiental e econômico e ressaltou que uma importante contribuição para o uso deste biocombustível é a descarbonização da matriz energética, o que permitirá reduzir mortes por poluição veicular. Alckmin lembrou que a terceira causa de morte no Brasil são doenças pulmonares, grande parte delas causadas pela poluição do ar. Sobre esse assunto, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o câncer de pulmão é a terceira causa mais comum de mortes relacionadas a diversos cânceres entre homens e a quarta entre mulheres.

Também participante no encontro, o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) destacou que, para além da questão de saúde pública, o uso do biodiesel traz beneficios para a redução do aquecimento global, bem como o cumprimento das metas de descarbonização da economia. Moreira afirmou que se o Brasil deseja se apresentar ao mundo como um país agro de matriz verde, não faz sentido o país importar todos os anos bilhões de litros de diesel fóssil, ao custo de mais de R$ 3 bilhões ao ano, enquanto há uma indústria nacional de biodiesel que carece de regulação e um plano decenal.

O diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, afirmou que a indústria no Brasil está pronta para antecipar imediatamente os níveis de mistura de biodiesel ao diesel fóssil, subindo dos atuais 12% para 13% ainda este ano e chegar ao patamar de 15% de mistura no ano que vem, antecipando, com isso, em dois anos o cronograma originalmente proposto pelo Conselho Nacional de Política Energética.