O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque defendeu, durante participação no seminário “As Externalidades da Política Nacional de Biodiesel”, realizado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), medidas para alavancar o setor dos biocombustíveis.

Ele lembrou a participação do Brasil em diversas Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, nas quais a experiência do país na geração de energia a partir da utilização de biomassa foi sempre lembrada. “Eu estive na COP 25, na COP 26 e sempre com a bandeira do biocombustível”, disse.

Bento Albuquerque lembrou ainda que a tradição do Brasil em buscar combustíveis a partir de fontes renováveis vem do tempo em que o mundo viveu a primeira crise do petróleo, fazendo com que países tivessem que buscar uma alternativa aos combustíveis fósseis. “Hoje, quando se fala em transição energética, essa política (no Brasil) se iniciou nos anos 1970, com a nossa primeira política de biocombustíveis, que foi o ProÁlcool”, contou.

O ministro lembrou que outras iniciativas foram tão importantes quanto o ProÁlcool para a geração de biocombustíveis no país, sempre visando a soberania energética e a descarbonização da matriz de combustíveis. “Quando eu estive no MME, qual foi a primeira política que eu quis implantar? O RenovaBio, que não foi feito por mim e nem por governos”, reforçou, para lembrar que essas políticas, para serem bem-sucedidas, precisam ser assimiladas e discutidas com a sociedade, de forma constante e sem solavancos. “Para tanto, o diálogo, a transparência e a previsibilidade são essenciais para o setor”, defendeu Albuquerque.

Na oportunidade, o ex-ministro parabenizou o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, pela organização do livro O Poder Transformador dos Biocombustíveis, que teve Bento como um dos colaboradores. “Eu não poderia sugerir outro nome para o livro que fosse O Poder Transformador dos Biocombustíveis”, reforçou o ex-ministro.