Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (9) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, defendeu que a agência reguladora faça um estudo sobre possíveis impactos provocados no mercado brasileiro com a possível abertura das importações de biodiesel.

A decisão de permitir a entrada de biodiesel produzido em outros países no mandato nacional partiu no final de 2020, quando o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou uma resolução extinguindo os leilões públicos de comercialização do biocombustível, com um período de transição até a liberação da importação.

Em sua fala o dirigente da Ubrabio alertou para os riscos que a importação pode trazer para o setor e propôs à ANP a criação de um grupo de trabalho para discutir os impactos dessa medida, antes de autorizar a abertura das importações.

“É importante reconhecer que a resolução do CPE não é impositiva, é indicativa para este procedimento. Se ela é indicativa, temos que tomar uma medida de equidade do biodiesel com o diesel fóssil. Quando solicitamos o banimento do diesel fóssil S500, a ANP se manifestou no sentido de criar um grupo de trabalho para discutir este assunto. Portanto, é hora de a ANP criar um grupo de trabalho para discutir com mais profundidade esta intervenção abrupta no mercado”, defendeu Tokarski.