24/06/2019 – Oito milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos por ano. Até 2050, os mares terão mais resíduos desse material do que peixes, segundo estudo do Fórum Econômico Mundial.

No Brasil, a situação é especialmente preocupante: só 1,2% dos 11,3 milhões de toneladas de lixo plástico geradas anualmente têm destino correto, de acordo com levantamento recente do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).

São esses números que levaram o administrador Rodrigo Jobim Roessler a criar a Molécoola, startup de fidelidade ambiental que troca lixo reciclável por descontos em produtos e serviços como Uber e por recargas de itens como bilhete único e celular. “Desenvolvemos um modelo de negócios para aumentar o engajamento sustentável por meio de um ciclo positivo que gera benefícios para todos”, diz o fundador.

Funciona assim: o cliente leva itens recicláveis a uma das cinco lojas-contêineres da Molécoola, que aceitam embalagens plásticas, de vidro e de alumínio, bem como baterias, pilhas e eletroportáteis — estes não são recolhidos em coletas seletivas.

Por lá, os materiais são pesados e, depois, convertidos em pontos (2 quilos de latas de alumínio correspondem a 7 600 pontos e podem ser trocados por um refil de desengordurante, por exemplo). A própria loja separa, prensa, enfarda e dá a destinação adequada.

Em operação há um ano e dois meses, a Molécoola recuperou 160 toneladas de materiais que contaminariam o meio ambiente e arregimentou 12 000 usuários no aplicativo.

Fonte: Exame