Responsável por 2% das emissões de dióxido de carbono do planeta, a aviação internacional corre contra o tempo para encontrar soluções que permitam cumprir o compromisso de reduzir seu impacto ambiental e as metas ambiciosas assumidas neste sentido.

Até o ano que vem – 2020 – o setor precisará atingir um crescimento neutro de carbono e, até 2050, reduzir até a metade suas emissões de CO2, com base nos níveis de 2005.

Com o objetivo de discutir o que vem sendo feito para impulsionar a indústria de biocombustíveis para aviação no Brasil, a Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação (RBQAV) realiza, em junho, um congresso científico internacional sobre BioQAV.

“O Brasil oferece oportunidades únicas para alavancar esta indústria. Nossa rica biodiversidade pode disponibilizar biomassas sustentáveis para produção de biocombustíveis e outros bioprodutos de alto valor agregado”, conta a professora Amanda Gondim, coordenadora da RBQAV.

O evento, que terá dois dias de duração e será realizado em Natal-RN, conta ainda com parceria da ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Boeing, Embraer e Gol Linhas Aéreas.

A proposta é apresentar os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos no Brasil e podem atrair investimentos do mundo inteiro, além de promover o debate técnico-científico e político em torno do desenvolvimento de uma cadeia produtiva de biocombustíveis de aviação.

“Uma das questões centrais é: que políticas públicas o setor demanda para a implementação da cadeia produtiva de bioquerosene no Brasil? Por isso, é importante a participação de todos os segmentos envolvidos, desde pesquisadores, empresas e investidores até agentes públicos”, destaca Amanda.

As inscrições devem ser abertas em março. São esperadas 400 pessoas.

PELO MUNDO

O uso de biocombustível de aviação já é uma realidade em alguns países.

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