A Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal prometeu, nesta sexta-feira (16), abastecer “a maioria” dos cerca de 2,7 mil ônibus da capital com o biodiesel B20 até o ano que vem. Por enquanto, apenas nove veículos recebem esse biocombustível, ainda menos poluente que o biodiesel tradicional.

O anúncio foi feito pelo atual chefe da pasta, Fábio Damasceno. Questionado, ele não soube informar um cronograma exato para a substituição do biodiesel pela versão B20.

“Os motores de todos os ônibus que percorrem o DF podem receber o B20. Mas ainda precisamos resolver questões técnicas com o governo federal, como preço e o fornecimento.”
A diferença do B20 para os biocombustíveis já utilizados na frota do DF está no percentual gerado a partir de recursos ditos “limpos” – por exemplo, óleos animais e gorduras. O número 20 se refere à alíquota dessas matérias-primas, de 20%, o dobro do que existe no biodiesel convencional.

Produção nacional
O B20 a ser utilizado nos ônibus deve ser produzido no Brasil. Além de adotar o consumo, o governo do DF diz haver expectativa de produção do biodiesel na capital federal.

Segundo estimativa do Ministério do Minas e Energia, a produção interna do biodiesel representa economia de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões aos cofres nacionais.

Para de ônibus em Taguatinga, no Distrito Federal, cheia de passageiros com paralisação do Metrô-DF — Foto: Geraldo Becker/TV GloboPara de ônibus em Taguatinga, no Distrito Federal, cheia de passageiros com paralisação do Metrô-DF — Foto: Geraldo Becker/TV Globo
Para de ônibus em Taguatinga, no Distrito Federal, cheia de passageiros com paralisação do Metrô-DF — Foto: Geraldo Becker/TV Globo

O diretor-superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene, Donizete Tokarski, comemorou a adoção do B20 no DF. “Brasília deu um exemplo de pioneirismo, mais uma vez. Assim como o respeito à faixa de pedestres, a cidade virou referência no restante do país em uso dos biocombustíveis nos ônibus.

Fonte: G1