A Bianchini realizou, no dia 23 de junho, a oitava edição de seu Dia de Fábrica para a Agricultura Familiar, na unidade de produção de biodiesel em Canoas-RS.

O evento objetiva abrir as portas da empresa para que os agricultores familiares parceiros possam conhecer todo o processo de beneficiamento de soja e de produção de biodiesel. A iniciativa faz parte das ações da empresa de fortalecimento da agricultura familiar na cadeia produtiva do biodiesel no âmbito das ações que compõem o Selo Combustível Social de que a empresa é detentora.

Nesta edição, a Bianchini recebeu, pela primeira vez, 71 agricultores da Cooperativa Rural dos Vales (Cooperval) e da Cooperativa dos Produtores de Leite de Serafina (Cooperlate).

Devidamente orientados sobre os procedimentos de segurança e uso de EPIs, eles puderam adentrar na fábrica e conhecer todas as etapas do processo, tanto de esmagamento de soja, quanto de produção e expedição de biodiesel, além de setores adjacentes como os laboratórios de controle de qualidade, a geração de vapor, oficinas e o setor de expedição fluvial que faz o transporte de farelo de soja para o porto de Rio Grande, servindo-se da hidrovia da Lagoa dos Patos. Cada fase industrial foi explicada por um profissional da empresa responsável pela etapa.

Além disto, eles puderam conhecer melhor o padrão de qualidade da soja, os defeitos que podem ser reduzidos com boas práticas agrícolas e como é feita a classificação durante o recebimento. Na visão do Renan, gerente da loja da Cooperlate, os agricultores associados ficaram muito felizes em participar do evento, que despertou a curiosidade: “Eles achavam que o esmagamento era muito mais simples e puderam ver como é trabalhoso”, afirmou. Renan ressaltou que a parceira da Coopelate com a Bianchini é muito boa, muito forte, pois garante um preço equilibrado que remunera bem os produtores. “Espero que a parceria seja de longo prazo e que possamos aumentar as vendas para a empresa”, completou.

O gerente da unidade de grãos da Coooperval, Alexandre, disse que o agricultor entrega a soja na cooperativa e que não tinha noção do que ocorria depois. “Conhecer todo o processo agrega conhecimento ao agricultor e estreita a parceria da cooperativa com a Bianchini”. Alexandre ressaltou que “a região da Cooperval, vale do Taquari, é composta por 36 municípios e por agricultores pequenos e diversificados na sua propriedade, tendo suínos, aves, trigo, milho e a soja. A soja é complementar. A parceria com a Bianchini reforça isso, isto é, gera mais renda”. E exemplificou citando o bônus ao agricultor e o suporte financeiro para a assistência técnica (ambos conferidos pelo Selo Combustível Social). “Esta parceria entre a Cooperval, Bianchini e demais cooperativas tende a se fortalecer através destes eventos que nos aproximam”, elogiou.

O agricultor Geraldo, associado da Cooperlate, expressou o seu sentimento depois da visita: “Este é o maior presente. Eu nunca tinha sonhado um dia conhecer uma fábrica, uma indústria como esta daqui. Para nós fica como lembrança que até nós viver, não vamos esquecer”. E sobre a Bianchini e o Selo Combustível Social, ele afirmou que “quanto mais tiver indústria, mais a soja ‘pega’ preço”.

O evento também foi prestigiado pelo vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul – Fetag/RS, Nestor Bonfante. Ele foi enfático ao dizer que a melhoria de produtividade da soja no Rio Grande do Sul é devida, em muito, ao programa do selo social, pela garantia de preços e pela assistência técnica. “Precisamos, enquanto Brasil, avançar nos níveis de mistura (de biodiesel ao diesel), porque os bons preços da soja são em parte assegurados pelo biodiesel”, afirmou.

Antin Bianchini, diretor executivo da Bianchini, mostrou-se muito motivado em receber pela primeira vez os agricultores das cooperativas parceiras. Para ele é importante que o trabalhador do campo conheça, mesmo que de forma genérica, o destino dado à produção gerada no campo e os caminhos percorridos pelo grão na etapa industrial, antes de sua transformação em produtos de consumo final.

Segundo Bianchini, a produção oriunda da Agricultura Familiar Finaliza tem relevante papel na formação das matérias-primas utilizadas para a produção do biodiesel, um dos focos industriais da empresa. “Espero que essa importante cadeia produtiva permaneça atuando com destaque, acompanhando a evolução e crescimento do mercado nacional de biodiesel. Para tanto, ações como a desta data, destinadas à capacitação coletiva de agricultores familiares cooperados, muito contribui para o enfrentamento futuro dos desafios que advirão e o sucesso esperado”, conclui.

O evento contou com a participação do Coordenador Geral de Energias Renováveis da Secretaria Especial da Agricultura Familiar da Casa Civil da Presidência da República, André Luiz, que visitou o complexo industrial e acompanhou as explicações sobre as diversas etapas dos processos produtivos, e enfatizou que o evento é uma forma de reforçar a relação do agricultor familiar com a indústria de biodiesel e de mostrar a importância da agricultura familiar na sua produção. “O Selo Combustível Social é uma forma de incluir a agricultura familiar no processo de produção de biodiesel e uma alternativa de fonte de renda para esses produtores”, defendeu.

Ao fim, após um pequeno debate sobre questões e dúvidas levantadas pelos convidados, o evento foi finalizado à moda gaúcha, com um churrasco e muita prosa.