O dia mundial do meio ambiente, dia 5 de junho, foi instituído internacionalmente pela ONU, com o objetivo de chamar a atenção dos líderes mundiais para a necessidade de prevenção à degradação do meio ambiente. No Brasil, a semana do meio ambiente se inicia no dia 1º de junho e vai até o dia 5. A data é um bom momento para trazer a sociedade para as discussões de preservação do patrimônio natural do Brasil.

A mudança climática é um dos assuntos emergenciais do momento. Por isso, na 21ª Conferência das Partes (COP21), em Paris, adotou-se um novo acordo para impedir que a elevação da temperatura média global ultrapasse 2°C acima dos níveis pré-industriais.

Para atingir essa meta, o Brasil se comprometeu a aumentar a participação da bioenergia sustentável em sua matriz energética para 18% até 2030 – com uso de biocombustíveis como biodiesel, bioquerosene, etanol e biogás –, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas e alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz em 2030. Dessa forma, o país pretende reduzir 37% das emissões de Gases de Efeito Estufa – GEE, até 2025, e 43%, até 2030, com base em 2005.

Para discutir modelos de produção sustentável, novas tecnologias e política públicas de preservação ambiental é preciso que a população tenha consciência dos impactos provocados por seus hábitos de consumo. Além disso, é importante, também, que a sociedade civil esteja atenta para que possa controlar o cumprimento das leis por órgãos governamentais e exigir responsabilidade ambiental da iniciativa privada.

Você sabia que o transporte é uma das principais fontes de emissão de poluentes atmosféricos? De acordo com o inventário de emissões do Distrito Federal, no DF o transporte é responsável por 49,05% das emissões de gases de efeito estufa. Por isso, é importante discutir a viabilização da mudança do combustível que utilizamos, a fim de buscar uma alternativa que contribua para a redução das emissões.

O biodiesel, combustível limpo e renovável que é adicionado ao diesel fóssil, é uma alternativa possível para reduzir as emissões. Atualmente, o país já utiliza o biodiesel na mistura do diesel na proporção de 8% (B8) e tem plena capacidade chegar a 20% (B20) até 2030. Um ônibus urbano utiliza em média 44 mil litros de diesel por ano, se usar o B20, serão emitidas anualmente 18 toneladas de CO2 a menos por ônibus.

Importante destacar que o biodiesel está presente no dia-dia do brasileiro desde o transporte público, utilizado diariamente por milhões de pessoas, até os alimentos que chegam a cada mesa. Segundo cálculos da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), de 2005 a 2016, o Brasil consumiu 25 bilhões de litros de biodiesel, o que representa 47 milhões de toneladas de CO2 evitadas. Por ser um combustível renovável, o biodiesel reduz a emissão dos principais causadores da poluição atmosférica. Tendo o B20 como mistura mínima obrigatória em 2030, serão emitidas 34 milhões de toneladas de CO2 a menos, o que equivale a 250 milhões de árvores plantadas por ano.

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