Na manhã de ontem, quarta-feira, 15, o senador Cidinho Santos (PR-MT) esteve no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, onde participou com o ministro interino Blairo Maggi de reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel, onde o senador discorreu sobre os principais desafios do setor e a necessidade de se ampliar o leque dos biocombustíveis.
“Quando falamos nesse assunto, devemos pensar grande: além do biodiesel, temos o bioquerosene e o diesel verde, produzido a partir da mistura com o hidrogênio”, destacou Cidinho. O diesel verde não possui metanol em sua composição e é ainda mais ecologicamente sustentável por não utilizar nenhuma porcentagem de combustíveis fósseis.
O senador destacou ainda a necessidade de rever a política do Selo Social do Biodiesel, programa instituído pelo Governo Federal com o intuito de integrar a agricultura familiar, mas que não obteve sucesso nas matrizes testadas. Atualmente, 82% do biodiesel produzido no Brasil é proveniente do óleo de soja.
Para Cidinho, é fundamental uma reformulação na política de forma a incorporar de fato a agricultura familiar, sem prejudicar as empresas produtoras de biodiesel, que atualmente estão com as atividades paralisadas ou atuando abaixo de sua capacidade de produção, preferindo a exportação, em função do câmbio favorável e da reserva de mercado. “A situação atual faz com que seja mais rentável exportar o óleo de soja ou outros óleos do que utilizá-los para a produção do biodiesel”, argumentou.
O parlamentar também defendeu o aumento imediato da mistura do biodiesel ao combustível fóssil dos atuais 7% para 8%. A alteração está prevista apenas para março do ano que vem. Em função da crise econômica, o consumo de óleo diesel diminuiu significativamente, fazendo com que a percentagem atual não consuma o volume esperado pelo setor produtivo e deixando as indústrias de biodiesel ociosas. “Quando uma empresa entra em falência, ela deixa de criar empregos”, ressaltou.
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