Apesar de ser considerada uma tecnologia promissora, o biocombustível para aviação ainda não tem condições de competir com o querosene fóssil em escala comercial. Avaliação foi feita nesta terça-feira (7/7) pelo vice-presidente da Amyris, Eduardo Loosli, durante o Ethanol Summit, em São Paulo (SP).
“Tecnicamente, é uma tecnologia consolidada e reconhecida pelos órgãos competentes. Mas ainda há um gap de custos a ser resolvido, a tecnologia é muito nova. Estamos iniciando o terceiro ano de operação na nossa planta”, disse o executivo. Até agora, foi autorizada uma mistura de 10% no querosene à base de cana de açúcar no combustível convencional.
Na avaliação do vice-presidente da Amyris, ampliar a competitividade do biocombustível de aviação passa por aspectos como o desenvolvimento tecnológico e melhoria dos processos industriais. Mas envolve também apoio do poder público e maior conscientização para o consumo.
“É difícil dizer (quando haverá essa competitividade). Não é um trabalho que temos condições de fazer sozinhos. Temos uma parceria que nos dará envergadura, mas é algo para cinco ou seis anos”, avaliou.
A parceria da Amyris no negócio é a Total Combustíveis. Cada empresa tem 50% da joint venture. Em junho do ano passado, as empresas anunciaram o início da comercialização do combustível de aviação com 10% de bioquerosene.