Representantes do governo de Moçambique, União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e a consultoria moçambicana CTJ assinaram, nesta quinta-feira (6), um memorando de entendimento para unir esforços em prol do desenvolvimento do mercado de biocombustíveis no país africano.
“O Brasil foi pioneiro neste processo e é referência internacional. Se queremos ser bons, precisamos seguir os melhores”, afirmou João José Macaringue, representante do governo moçambicano. O documento foi assinado durante o segundo dia do I Fórum Biodiesel e Bioquerosene: Tecnologia e Inovação, em São Paulo.
Para o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, o memorando tem o objetivo de proporcionar ao governo de moçambicano o desenvolvimento dos biocombustíveis em Moçambique: “Precisamos da ajuda de todos do corpo científico para que possamos cumprir o papel da Ubrabio, que é transmitir o conhecimento e a experiência para outras terras”, disse.
Mesas de discussão
Ainda durante o evento, secretário-executivo Adjunto da Secretaria-Geral da Presidência da República, Flavio Schuch, afirmou que o Executivo Federal fará uma mesa de discussão para acelerar o desenvolvimento do bioquerosene como alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
“Sou testemunha do compromisso do vice-presidente Geraldo Alckmin com a questão da descarbonização da economia, da neoindustrialização, com a economia circular”, apontou Schuch, durante painel que contou com representantes da Airbus, Boeing, Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação (RBQAV), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Embrapa Agroenergia.
Desenvolvimento e pesquisa
O I Fórum Biodiesel e Bioquerosene: Tecnologia e Inovação ainda contou no segundo dia de encontro paineis para discutir os diferentes modelos de precificação de biocombustíveis, medidas de fomento ao setor, e inovação em matérias-primas.
Durante as mesas, o gerente de Nova Economia e Indústria Verde da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Marcelo Galvão, destacou a importância do reforço à pesquisa e desenvolvimento no país. “O que deveria ocupar as capas de jornais são os R$ 19,3 bilhões de dinheiro novo de reforço à pesquisa”, apontou.
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