Belém, 9 de fevereiro de 2024

Representantes do setor produtivo, liderados por importantes entidades que pautam a descarbonização da economia no Brasil, a Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma) e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), acompanhados pelo presidente da Airbus no Brasil, Gilberto Peralta, estiveram reunidos ontem (8), em Belém, para apresentar ao Secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Mauro Ó de Almeida, a ambiciosa meta de descarbonizar atividades do aeroporto e o transporte urbano da cidade que sediará a COP30, em 2025: Belém do Pará.

Segundo Donizete Tokarski, CEO da Ubrabio, a pauta é extensa e essa primeira conversa em Belém marca o início da implementação de uma agenda muito maior: da sustentabilidade e da responsabilidade social baseadas em fontes alternativas de geração de energia, emprego e renda.  Segundo ele, “O biodiesel brasileiro está entre os melhores biocombustíveis do mundo, atendendo as 25 especificações rigorosas da ANP.  Cada caminhão de biocombustível que sai da indústria está certificado por um laboratório acreditado no Inmetro.”

Mike Lu, que acompanhou a comitiva de cerca de 15 especialistas dedicados ao projeto inovador, explicou aspectos práticos da nova tecnologia de produção do bioquerosene.  “A pirólise baseia-se na transformação de uma mistura de compostos orgânicos em outras substâncias por meio do aquecimento.  Nossa proposta é transformar resíduos, a exemplo dos caroços de açaí, em três materiais de alto valor agregado: bio-óleo, gás de síntese a 50% hidrogênio e biocarvão.”

O uso de resíduos vegetais carbonizados vem sendo resgatado e avaliado como alternativa para melhorar a qualidade do solo. O material gerado, denominado biocarvão, é formado a partir da pirólise, que é a alteração térmica da biomassa em ambiente fechado, com suprimento limitado de oxigênio e em temperaturas relativamente baixas.

O HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) é um óleo vegetal hidrotratado conhecido como diesel verde. Trata-se de um combustível alternativo e renovável bastante promissor para a matriz energética nacional. Sua utilização (consumo) reduz a emissão de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera terrestre comparado ao diesel fóssil.

Peralta, que presidente da Airbus no Brasil, ressaltou que o setor da aviação tem se dedicado ao grande desafio do mundo pós pandemia: fazer mais e melhor a ponto de gerar legado para as futuras gerações.

A conversa iniciada ontem, em Belém, terá desdobramentos nos próximos meses.  Entre os quais, a apresentação do projeto à vice-governadora do Estado, Hana Ghassan, e assinatura de um memorando de intenções.

 

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