Integrante da equipe de transição do governo eleito e ex-coordenador do Selo Biocombustível Social, Arnoldo de Campos disse nesta terça-feira (22), durante seminário na Câmara dos Deputados, que a gestão Luiz Inácio Lula da Silva pretende fortalecer o programa de biodiesel, que ele considerou de extrema importância para a geração de empregos e renda, com efeitos positivos também sobre o meio ambiente e a saúde pública.

 

“A mensagem que a gente traz (como governo eleito) é a seguinte: vamos resgatar o programa, vamos melhorá-lo e vamos colocá-lo no rumo que merece, que é o B15. Não é por acaso que você obriga colocar um combustível na matriz energética, é porque ele dá resultados. Essa é a mensagem que a gente traz aqui”, afirmou Arnoldo, que representou a economista Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no seminário “As Externalidades da Política Nacional de Biodiesel, realizado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), no auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados.

 

Com a experiência de ter participado da equipe de transição do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Arnoldo lembrou que à época foi possível fazer com que o programa do biodiesel saísse de zero para 2%, 6%, 8% até 10%. Para isso, ele lembrou, foi necessário ter previsibilidade e comprometimento com o programa.

“Havia organização e transparência. É um desafio resgatar essa previsibilidade, essa trajetória. Não é um programa que nasce da vontade do mercado, é um programa que nasce da vontade da sociedade. Temos que tomar todos os cuidados para que esse programa tenha a suas condições de sustentabilidade”, lembrou Arnoldo, reforçando que, para que haja evolução e participação do mercado no abastecimento de biodiesel, é necessário ter “previsibilidade e repostas concretas” do setor público, “pois o biodiesel pode contribuir muito para a pauta ambiental, para a pauta social e para a pauta econômica”, disse.