O diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Donizete Tokarski, defendeu nesta terça-feira (8), durante palestra na Conferência BiodieselBR, realizada em São Paulo, o aprimoramento da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), tornando-se política de Estado.

Em sua fala inicial no evento, Donizete lembrou que o RenovaBio é o maior programa de descarbonização do planeta e reforça o compromisso brasileiro com a redução das emissões de gases de efeito estufa, que ajuda no cumprimento das metas do Acordo de Paris.

“O RenovaBio é um programa de descarbonização. Ele atende somente um dos Objetivos do Desenvolvimento Social preconizados pelo Acordo de Paris, e este programa tem que ter um custo para a sociedade. Se tivéssemos um programa de desvalorização do combustível fóssil em função dos prejuízos que ele causa para a sociedade, estaríamos talvez compensando de uma maneira mais efetiva essa contabilidade que é feita. Onde está inserido na contabilidade pública da sociedade o custo que nós pagamos pelo uso do combustível fóssil, pelas mortes que ocorrem e pelas internações”, questionou o dirigente da Ubrabio, entidade apoiadora da Conferência.

Tokarski destacou alguns dos benefícios proporcionados pelo uso dos biocombustíveis, em especial do biodiesel, e citou estudos apresentados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), que apontam que a mistura do B10, ou seja, 10% de biodiesel ao diesel fóssil, evita a morte de 244 pessoas por ano na região Metropolitana de São Paulo.

Além disso, a pesquisa mostrou que o uso de biocombustíveis alonga a vida das pessoas em nove dias por ano, lembrou Tokarski, ao defender que o país deva investir em energia limpa para garantir melhor qualidade de vida à população.