Sexta-feira, 15 de outubro de 2021.

O diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, propôs a ampliação das boas práticas no manuseio dos combustíveis em geral, previstas em orientações administrativas, e transformá-las em exigências legais para todo a cadeia produtiva do setor, da produção ao posto de abastecimento.

A sugestão, já formalizada anteriormente em documentos da Ubrabio a vários setores do governo, foi feita pelo dirigente da entidade durante participação no workshop realizado nesta sexta-feira (15.10) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para debater o Projeto Biodiesel dentro do programa Nacional.

“Temos que ampliar as boas práticas para todo o mercado. Ampliar também toda a regulamentação, para transformar as boas práticas em exigência, para que possamos ter o comprometimento do setor com a qualidade do combustível, da origem ao consumidor final”, disse Donizete.

O dirigente da Ubrabio lembrou que, no Brasil, os parâmetros de qualidade do biodiesel já são os mais exigentes do Mundo. Donizete Tokarski ressaltou o trabalho de excelência apresentado pela ANP no workshop desta sexta-feira pelos setores de fiscalização e de pesquisa da ANP que concluíram pela excelente qualidade do biodiesel.

Os estudos apresentados pela ANP no Projeto Biodiesel mostram que muitos problemas de qualidade do biocombustível estão no final da cadeia de produção. “A Ubrabio sempre buscou o diálogo para buscar a melhor qualidade de todos os combustíveis, não só do biodiesel”, ressaltou.

A melhoria do nível de qualidade dos combustíveis no Brasil, segundo o CEO da Ubrabio, passa pela substituição do diesel S 500 que é indesejável pelo excesso de enxofre (500 partes por milhão) lançado pelos escapamentos dos veículos.

“Precisamos reduzir a parcela de S 500, um combustível fóssil que a própria ANP considera indesejável e que não está associado aos cuidados que o país precisa ter com a saúde pública nem a necessidade do consumidor brasileiro”, disse Donizete.

O diretor da Ubrabio salientou que o país precisa considerar as consequências da utilização do diesel S 500 na qualidade de vida das pessoas, e não apenas a adequação dos combustíveis somente às máquinas.

“Precisamos trabalhar com o biodiesel não tendo como referência exclusivamente o preço, mas às externalidades positivas que toda a cadeia produtiva deste biocombustível proporciona”, concluiu Donizete.

Sob a coordenação da diretora da ANP, Symone Araújo, o workshop projeto Biodiesel contou com representantes de outras entidades do setor de biodiesel, fabricantes de veículos, distribuidores e revendedores, postos de abastecimento e de produtores de diesel fóssil, além de dirigentes, técnicos e assessores do governo e da agência reguladora.

Assista aqui a íntegra do workshop.