21/08/2020 – A aceleração dos casos de Covid-19 no Brasil a partir de março provocou impactos fortes na economia e na circulação de pessoas e bens. Esta nova publicação da EPE reúne em um só lugar dados consolidados que dão a dimensão dos impactos da pandemia no setor energético, com destaques na demanda de energia elétrica e os principais combustíveis.

A partir de um retrato do setor energético em 2019, este caderno traça a evolução da carga e da demanda de combustíveis ao longo dos seus primeiros meses de 2020, permitindo uma leitura abrangente do choque causado pela pandemia.

O consumo da rede elétrica, no acumulado dos seis primeiros meses do ano, foi 4,5% inferior ao observado no mesmo período de 2019. O mês de maio foi o de redução mais severa, sendo 11% inferior ao mesmo mês do ano passado. Indústria e comércio foram os setores mais afetados.

No setor de transportes, as fontes energéticas mais afetadas foram, respectivamente, QAV (querosene de aviação), GNV e etanol hidratado. No mês de abril, a demanda desse setor chegou a ser 27% inferior ao mesmo período de 2019. Na maioria dos combustíveis, abril foi o mês de maior impacto em comparação com o ano anterior, e até junho ainda sem plena recuperação.

O caderno traz ainda uma contabilidade de como essas reduções na demanda de energia se refletiram em termos de emissões de gases de efeito estuda no setor elétrico e nos transportes. A Covid-19 ocasionou redução das emissões em todo o mundo, entretanto espera se que esse efeito seja temporário. As políticas e investimentos no processo de retomada poderão influenciar a médio e longo prazo a trajetória de emissões.

Acesse o Balanço Covid-19 -Impactos nos mercados de energia no Brasil: 1º semestre de 2020

Fonte: EPE