A expectativa do Ministério de Minas e Energia (MME) é de que, em 2017, a produção energética brasileira chegue ao fim do ano com superávit. O País não tem saldo positivo de energia desde 1940, ano inicial de estatísticas globais na área.

As informações são do Boletim Mensal de Energia do MME, documento elaborado pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético que acompanha um conjunto de variáveis energéticas e não energéticas capaz de permitir razoável estimativa do comportamento mensal acumulado da demanda total de energia do Brasil.

O resultado pode ser explicado pela baixa demanda global, associada às elevadas taxas de crescimento na produção de petróleo, que acumulou alta de 10,9% de janeiro a junho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016. Em junho, o aumento foi de 5%.

A produção de gás natural também apresenta boas taxas: cresceu 8,9% no ano e 7,4% em junho. Já com relação ao biodiesel, a produção de junho cresceu 22,5%, com expansão de 3,1% no ano, o que também contribui para a possibilidade de superávit, além da contribuição para a manutenção de uma matriz energética com alta proporção de renováveis.

Para este ano, as previsões também apontam que a demanda total de energia deve crescer cerca de 1,5% e de energia elétrica, cerca de 2%. As fontes renováveis na matriz energética ficam acima de 42% e as renováveis na matriz de oferta elétrica acima de 80%. A energia eólica sobe mais de 1 ponto percentual na matriz elétrica.