AUTORES: Sabrina Anderson Beker (LAB-BIO/UFRGS, sabrinabeker@gmail.com), Mariane Rodrigues Lobato (LABBIO/UFRGS, marianelobato88@gmail.com), Eduardo Homem de Siqueira Cavalcanti (LACOR/INT, eduardo.cavalcanti@int.gov.br), Eid Cavalcante da Silva (CTEC/IQB/UFAL, eidsilva@gmail.com), Mario Roberto Meneghetti (GCAR/IQB/UFAL, mrmeneghetti@gmail.com), Simoni Margareti Plentz Meneghetti* (GCAR/IQB/UFAL, simoni.plentz@gmail.com), Fatima Menezes Bento* (LAB-BIO/UFRGS, fatima.bento@ufrgs.br).

RESUMO: Um dos maiores problemas observados no uso comercial de biodiesel é a biodegradação, que pode ocorrer durante o transporte e armazenamento em condições incorretas, comprometendo a qualidade final do combustível. A presença de água no combustível e nos sistemas que envolvem seu transporte e armazenamento pode acelerar tanto os processos de degradação abiótica (processos de oxidação e hidrólise) quanto biótica (degradação microbiana). O desenvolvimento microbiano de fungos filamentos, leveduriformes, bactérias aeróbias e anaeróbias pode ocorrer na fase aquosa (livre e no fundo dos tanques) e, principalmente, na interface óleo-água. Algumas medidas físicas podem ser tomadas a fim de evitar o desenvolvimento de sedimentos de origem biológica durante a estocagem, tais como drenagem e limpeza regular dos tanques. Além disso, pode-se fazer uso de agentes químicos com atividade antimicrobiana (biocidas) para prevenir a presença de micro-organismos. No entanto, no Brasil, o uso de biocidas está sendo avaliado, pois ainda existem muitos esclarecimentos a serem feitos acerca de sua utilização e descarte no ambiente. O biodiesel é quimicamente definido como uma mistura de ésteres monoalquilícos de ácidos graxos, obtidos pela transesterificação de óleos e gorduras vegetais ou animais, com metanol ou etanol na presença de um catalisador (ácido ou básico). Os compostos organoestânicos são atualmente os complexos organometálicos mais produzidos no mundo. Em termos de aplicações catalíticas, eles são empregados como catalisadores em uma série de reações industriais, na qual ésteres etílicos de ácidos graxos (FAAEs) são obtidos via (trans)esterificação. Além disso, estes compostos organoestânicos apresentam um amplo espectro de atividade biológica, destacando as atividades antifúngica e antibacteriana. O objetivo do presente estudo foi investigar a ação antimicrobiana de dois complexos organoestânicos em biodiesel, sobre um inóculo misto não caracterizado conforme Norma ASTM E1259 fazendo uso na metodologia da Concentração Inibitória e Biocida Mínima (CIM/CBM).

Trabalho apresentado no 6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel e 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel.

Trabalho completo: Livro 2, p. 1121