Além de representar o melhor custo x benefício entre os combustíveis comercializados no país, excelência na especificação garante qualidade do biodiesel desde a produção até o consumo

A qualidade do biodiesel está entre as prioridades da Ubrabio. Desde sua fundação, em 2007, a entidade participa de audiências, grupos de trabalho e consultas públicas, envolvendo representantes da cadeia produtiva, assegurando a qualidade do combustível desde a produção até o consumidor.

Nenhum outro combustível no Brasil possui especificação com tantas análises. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vem aprimorando os requisitos de especificação do biodiesel desde o início do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).

Em 2012, a elaboração do Guia de Procedimentos de Manuseio e Armazenagem de Óleo Diesel B impediu que eventuais problemas chegassem aos consumidores finais, ao resumir os cuidados mais importantes que devem ser tomados durante o armazenamento e transporte do biodiesel e sua mistura com o diesel para que não se deteriore entre a saída das usinas e o tanque de combustível.

Também foi ampliado o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Líquidos – PMQC e intensificadas as ações de fiscalização. Essas ações combinadas resultaram na redução de não conformidades mais persistentes.

Em agosto de 2014 foi publicada a Resolução ANP nº 45, tornando a especificação brasileira de biodiesel uma das mais rigorosas do mundo, garantindo a qualidade do biodiesel desde a produção até o consumo final.

Desde o início do programa de biodiesel, importantes avanços tecnológicos e de qualidade vem sendo alcançados. E a Ubrabio colabora com esse processo, atuando como interlocutora entre setor produtivo, academia, sociedade e governo para mobilizar e unir esforços, recursos e conhecimentos na busca pelo desenvolvimento do setor.

“A Ubrabio sempre teve um papel de protagonista nesse processo, desde a criação de novo marco regulatório até o desenvolvimento de tecnologias relacionadas a todos os setores envolvidos com o programa”, relembra o vice-presidente técnico da Ubrabio, Marcos Boff.

Nesses dez anos, novos parâmetros do biodiesel brasileiro foram definidos, alinhados com os mais rigorosos padrões internacionais de qualidade.

Isso também garantiu que o aumento da mistura compulsória de biodiesel no diesel passando do B7 para B8, ou mesmo o B10 que começa a valer em março de 2018, não exigisse mudanças nas especificações do diesel B (Resolução ANP Nº 50/2013) nem do biodiesel B100 (Resolução ANP Nº 45/2014).

“Eu gostaria de cumprimentar e parabenizar a Ubrabio pelos dez anos e pelo papel importante e fundamental na divulgação, consolidação e crescimento da participação do biodiesel na matriz energética nacional. Graças a associações como a Ubrabio, o Brasil saiu do zero para os 8% de particpação que temos hoje, com perspectiva de chegar a 10%, contribuindo com a matriz veicular brasileira”, destacou o diretor da ANP, Aurélio Amaral, durante seminário promovido pela Ubrabio em maio, para celebrar seus dez anos de fundação.

O melhor combustível do Brasil
Pela excelência do produto e pelo uso já consagrado em todo o território nacional e mesmo em misturas superiores como em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, com ônibus usando B20, demonstra-se que o parque fabril brasileiro, no estado da arte, está adequado para atender a demanda por biodiesel.

O uso do biodiesel está consolidado pela excelência dos parâmetros de qualidade mais restritivos até mesmo que nos EUA e na União Europeia. Em 2015, a Câmara Setorial de Oleaginosas e Biodiesel do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou o trabalho Usos de Biodiesel no Brasil e Mundo. O estudo reúne 57 trabalhos científicos, de 12 países, com experiências sobre a mistura de biodiesel ao óleo diesel em percentual superior ao B10. Em geral, os resultados mostram uma redução da emissão de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e material particulado, o que contribui para diminuir a poluição ambiental e para a saúde humana.

Os cientistas também avaliaram o consumo de combustível, emissões de gases, partida a frio, potência e desempenho, durabilidade e desgastes de componentes e analisaram a frota nacional e compararam as especificações do biodiesel nacional com os de mais três países.

As conclusões positivas dessas análises levaram a Ubrabio a criar, em 2016, o selo “Biodiesel: o melhor combustível do Brasil”. O professor Donato Aranda, consultor técnico da Ubrabio, explica que, no Brasil, com o biodiesel, a combinação entre um motor altamente eficiente e um combustível muito mais sustentável resulta numa mudança de paradigma no setor de transportes.

Certificação
Em 2016, em um acordo de adesão conjunta, a certificadora internacional RSB e a Ubrabio passaram a ser associadas. Como parceiras, Ubrabio e RSB estão engajadas nas discussões e processos de tomada de decisões para promover a sustentabilidade da cadeia produtiva de biocombustíveis e bioprodutos no Brasil.

“A ideia é que a RSB contribua com a Ubrabio e seus associados no desenvolvimento de ferramentas, sistemas e modelos sustentáveis para o biodiesel e bioquerosene e que, a Ubrabio, representando uma grande parte dos produtores de biodiesel e dos futuros produtores de bioquerosene no Brasil, possa trazer essa experiência e suas demandas para dentro da RSB e colaborar com a construção de um padrão de sustentabilidade capaz de refletir as demandas do setor e o contexto brasileiro”, conta Áurea Nardelli, representante da RSB.

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