Representantes do setor de biodiesel apresentaram nesta quinta-feira (8), durante a 28ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel (CSOB), as projeções para o desenvolvimento da cadeia de biodiesel na próxima década.
O Ministério de Minas e Energia (MME) está estruturando um plano que deverá focar principalmente uma agenda microeconômica para alavancar investimentos e emprego na área de biocombustíveis, o RenovaBio.
“Será uma revolução no setor”, afirmou o diretor de Biocombustíveis do MME, Miguel Ivan Lacerda.
Convidado a colaborar com a contrução deste cenário, os representantes da indústria de biodiesel elaboraram sugestões para fomentar o segmento e aumentar a produção para 18 bilhões de litros até 2030, ante os 4 bilhões de litros produzidos atualmente, para atender à mistura obrigatória B7 (7% de biodiesel no diesel fóssil comercializado). A proposta é que, em 2030, a mistura obrigatória alcance, no mínimo, o B20.
Com isso, a participação do bidoiesel na matriz energética será de 3,3% em 2030, ante 1,2% atual.
Políticas de promoção à industrialização da soja, diversificação de matérias-primas e investimentos em infraestrutura logístia são algumas demandas do setor para viabilizar a ampliação da produção do combustível renovável.
Para o presidente da CSOB e vice-presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Pedro Granja, o investimento em biocombustíveis é de extrema importância para o país, que assumiu o compromisso de descarbonizar e economia, ao assinar o Acordo de Paris.
“A NDC brasileira expressa o compromisso de ampliar a participação do biodiesel na Matriz Energética. O que vamos discutir de agora em diante é como fazer, de maneira sustentável ambiental e socioeconomicamente, para que a sociedade possa usufruir dos benefícios de uma matriz limpa”, destacou Granja.
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