A Lei nº13.263, sancionada este ano, que prevê o aumento progressivo da mistura do biodiesel ao diesel fóssil, até o percentual de 10% em três anos, o chamado B10, também prevê testes em motores para que validem a mistura. Para discutir a possibilidade de um acordo de cooperação técnica envolvendo o Ministério de Minas e Energia, a Petrobrás, a Agência Nacional de Petróleo e a cadeia produtora de biodiesel, o senador Cidinho Santos (PR-MT) e o diretor superintendente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene) Donizete Tokaski se reuniram com a diretoria da BR Distribuidora na última quinta-feira, 14.

Cidinho Santos e Donizete explicaram que o alto custo de logística para o fornecimento de biocombustíveis tem dificultado que montadoras e fabricantes de motores realizem os testes. “A legislação é um avanço, tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista econômico. Trabalhando em conjunto, teremos avanços importantes no uso de biodiesel no Brasil”, destacou o senador, relembrando os compromissos assumidos pelo Brasil na COP-21, de redução das emissões de gases poluentes.

Cada veículo usando B10 (10% de biodiesel + 90% de diesel fóssil) reduz, em um ano, a emissão de 9 toneladas de CO², quando comparado a um veículo abastecido com puro diesel fóssil. Uma redução equivalente ao plantio de 66 árvores por ano.

O biodiesel é produzido a partir de diversos óleos vegetais, gorduras animais e óleos residuais (sebo de gado e gordura de frituras). Além de agregar valor à produção nacional e dar destinação correta à dejetos que poderiam poluir o meio ambiente, o aumento no uso de biodiesel também é benéfico para a economia nacional, já que o Brasil deixa de importar uma quantidade importante de óleo diesel. Com o crescimento da produção de biodiesel, o Brasil teve uma redução significativa da importação de diesel fóssil, o que gerou uma economia de US$ 2,6 bilhões em 2015.