A Malaysian Biodiesel Association (MBA ou Associação de Biodiesel da Malásia em sua tradução livre) está trabalhando – com a colaboração do Ministério da Agricultura, Indústrias e Commodities, e também com o Malaysian Palm Oil Board (MPOB ou Conselho de Óleo de Palma da Malásia em sua tradução livre) – para a implementação de B10 (10% de biodiesel) em 2016, com uma perspectiva de atingir o B20 (20% de biodiesel) dentro dos próximos dois anos.

Em apoio aos esforços do governo para promover a mistura de B10 em postos de combustível em todo o país, a MBA realizou uma expedição de carro para Cameron Highlands (região turística localizada a 200km da capital da Malásia) usando uma frota de 13 veículos ao longo de dois dias.

O comboio – composto de sete marcas diferentes; BMW, Ford, Toyota, Mazda, Mitsubishi e Nissan – utilizou várias misturas de biodiesel, desde B10, B20, B50 e até B100. Os números da mistura indicam a percentagem de biocombustível usado – neste caso, produzido a partir de óleo de palma. O objetivo do projeto era mostrar que os veículos abastecidos com biodiesel de palma são tão potentes como qualquer outro veículo movido a diesel.

A expedição percorreu mais de 600 km de rodovias pavimentadas e estradas de terra, juntamente com a subida de Cameron Highlands, sem problemas. O biodiesel é produzido a partir de óleos vegetais e outras gorduras e adicionado ao diesel mineral, resultando em um combustível de queima mais limpa.

A Malásia atualmente usa uma mistura de B7 , que é a adição de 7% de biodiesel no diesel , disponível no mercado desde janeiro de 2015 no leste do país. Já nas estações peninsulares, desde 2014, a mistura aplicada é de B5. O MPOB gastou RM340 milhões para construir 35 depósitos de diesel em todo o país para misturar biodiesel – cinco em Sarawak (propriedade da Petronas, Shell e Synergy), oito em Sabah (propriedade da Petronas, Shell e Petron) e dois em Labuan (Petronas e Shell).

Os benefícios do uso de biodiesel incluem um menor nível de emissão de gases nocivos, incluindo os hidrocarbonetos, monóxido de carbono e dióxido de enxofre e no caso do biodiesel B100 50% menos fuligem e 40% menos partículas emitidas. O MPOB tem feito testes com vários veículos a diesel, principalmente no setor de transporte pesado, e não foram registrados quaisquer problemas com o uso de B10.