Na matriz elétrica, 78,4% da energia vem de fontes renováveis

Com uma matriz energética que prioriza a geração de energia com fontes renováveis e limpas (como a hidráulica, eólica, solar e os biocombustíveis), o Brasil tem cerca de 41% de sua oferta de energia oriunda dessas fontes, enquanto a média mundial é de cerca de 14%, segundo dados da Secretaria de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME).

Essa característica da matriz energética brasileira será mantida. De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE-2023), as fontes renováveis ficarão com 42,5% de participação na matriz energética brasileira de 2023, percentual superior ao verificado em 2013, de 41%.

Na matriz elétrica, as vantagens do Brasil são ainda mais significativas, apresentando atualmente 78,4% de renováveis, contra a média mundial de 20%. De acordo com o PDE-2023, a energia hidráulica continuará sendo a mais importante na matriz de 2023, respondendo por 69,4%, indicador um pouco inferior ao verificado em 2013, de 70,6%. Essa redução é compensada por relevantes expansões da geração eólica, solar e por biomassa, o que eleva a participação das renováveis para o patamar de 86,1%.

O Brasil também vem avançando no desenvolvimento dos biocombustíveis, que contribuem para a expansão da matriz energética em bases limpa e renovável. O biodiesel deve crescer a 6,4% ao ano até 2023, chegando a um consumo de 5,4 milhões de metros cúbicos (Mm³), correspondendo a 7% de mistura com o diesel fóssil. Para o etanol, o PDE estima produção de 47,3 Mm³ em 2023 (taxa de 5,5% ao ano), o que permitirá a exportação de 2,6 Mm³, além do atendimento ao mercado.