Bloquinho de notas nas mãos, lápis e câmera fotográfica, mas não são jornalistas. São os alunos do 4º ano do ensino fundamental, do Colégio Ciman, Brasília/DF, que abriram a visita das escolas à exposição Cientista Por Um Dia, da Embrapa Agroenergia, na manhã da terça-feira, 08/10.

Curiosos querem saber tudo e não hesitam em participar. A pesquisadora Simone Fávaro, engenheira agrônoma, pergunta: o que é o biodiesel? Sem saber ao certo o que é o biocombustível, mas com alguma noção eles respondem: “vem da natureza”. Ansiosos querem saber tudo sobre o tema e ficam animados com a notícia de que participarão do processo de como é feito na prática.

Quando Simone questionou o tema sobre os gases de efeito estufa, eles mostraram que já o conheciam. Mas, a cientista chamou a atenção para que eles entendessem qual a diferença de usar um combustível renovável ou do derivado de petróleo. “A queima dos combustíveis geram gás carbônico que as plantas utilizam para crescer”.

Pois é, para desenvolver tudo isso, temos os cientistas, disse Simone. “Para ser cientista temos que estudar bastante e conhecer muitas coisas, lugares, pessoas e produzir coisas muito importantes”. “Alguém sabe o que é a Embrapa? Vamos lá, todos juntos. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária”. Assim, Simone a Embrapa com um dos trabalhos dos cientistas, que desde 1973 atua no Brasil e em alguns países do mundo, em destaque para a Unidade de Agroenergia e os trabalhos que são desenvolvidos neste centro de pesquisa.

Após as explicações, os alunos conheceram as matérias-primas usadas para a produção de biodiesel, como por exemplo, soja, pinhão-manso, algodão, mamona, macaúba, babaçu e o dendê. “O processo começa com a produção de plantas que tenham bastante óleo que é a base para a fabricação do biodiesel. Então, o óleo é retirado das plantas e misturado com mais alguns ingredientes para se transformar em biodiesel lá na indústria” explicou Simone.

Colocando a mão no óleo

Agora é hora de colocar em prática. Quem realiza o processo é a química Patrícia Kalil, que mostra como é feito o biodiesel. Nessa foi usada a soja. O procedimento é bem simples: as sementes, o moinho, o álcool, o catalisador e um equipamento que mistura os componentes. Um momento de silencio. Todas as crianças paradas olhando a reação química que ao misturar o óleo com o catalisador e o álcool ia mudando de cor. Pronto, foi como mágica para as crianças, o biodiesel estava fabricado. A estudante Jeanne Piva achou o método simples e rápido. Jeanne foi uma das alunas que abriu a torneira do funil de separação para retirar o biodiesel. Foi uma disputa para participar dessa prática.

Eles tiveram um conhecimento básico desse processo antes da visita. Os alunos assistiram na escola, ao documentário Energia Verde Amarela, uma produção da Embrapa e da John Deere, com apoio financeiro do Ministério da Cultura. Em 26 minutos, todos conheceram desde as matérias-primas até o biodiesel. O vídeo também tem a parte de etanol e de resíduos.

A professora Alessandra Ferrari, complementa. “A visita foi importante, pois os alunos agregaram conhecimento por meio da vivência com a pesquisa e, principalmente, com a troca de informações que tiveram aqui, depois do que já estudamos e assistimos no colégio”.

Contando Ciência na Web

Essa troca também pode continuar no site Contando Ciência na Web http://ccw.sct.embrapa.br/ , da Embrapa, que tem vários links. Um deles é o bloguinho em que alunos podem interagir com os cientistas da Empresa. Para realizar a exposição, a Embrapa Agroenergia contou com o apoio na produção do documentário e com a Braskem, que forneceu sacolas produzidas a partir de plástico verde.

As escolas que tiverem interesse em participar, gratuitamente, da Exposição “Cientista por um dia”, que é uma ação de divulgação dos 40 anos da Embrapa, podem entrar em contato com o Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Agroenergia pelo telefone 61 – 34481581 ou pelo email cnpae.comunica@embrapa.br.