Em discurso no Plenário nesta terça-feira (3), o senador Blairo Maggi (PR-MT) manifestou preocupação com a economia do país. De acordo com o senador, a economia brasileira dá sinais de cansaço e “não surfa mais na boa onda” do cenário mundial. Blairo classificou como “errática” a condução econômica por parte do governo.
O senador apontou que o mercado financeiro ignora a atuação do Banco Central no câmbio, e o dólar continua subindo. A inflação, acrescentou o senador, também continua a subir, apontando para um cenário de recessão no fim deste ano. Na visão de Blairo Maggi, as medidas do governo não têm produzido riqueza efetiva e nem têm gerado novos empregos. Ele ainda observou que até o agronegócio tem sentido os efeitos da política econômica do governo.
– Se não fosse o agronegócio, o cenário ainda estaria pior. Tivemos superávit de quase 50 bilhões de dólares no primeiro semestre de 2013 – registrou.
Biodiesel

Blairo Maggi defendeu mais investimento do governo em um setor específico do agronegócio, que, segundo o senador, tem potencial para alavancar a economia brasileira: o biodiesel. Blairo disse que se trata de um segmento novo, moderno e inovador, que tem sido capaz de trazer vantagens do ponto de vista econômico, com a geração de mais empregos; ambiental, com menos poluição; e social, já que, sendo menos poluente, provoca menos doenças respiratórias.

Segundo o senador, o biodiesel registra 60% a menos de emissão de gases poluentes. Blairo informou que o programa do governo já chegou a beneficiar mais de 105 mil famílias, mas esse número hoje é pouco de 92 mil. Ele acrescentou que a produção de biodiesel transferiu cerca de R$ 2 bilhões de reais para as famílias produtoras, em 2012.

– Só com a ampliação do programa, mais famílias serão beneficiadas. Não vamos desperdiçar essa oportunidade, que é fantástica, que é o único modelo no mundo que tem esse viés social, de beneficiar o homem do campo – declarou.
Conforme informou o senador, produzir biodiesel gera 113% mais empregos no Brasil do que refinar o petróleo. Blairo ainda criticou a política energética do governo e disse não entender a importação do derivado de petróleo quando o país tem a condição de oferecer o biodiesel. Ele também defendeu o aumento da mistura de biodiesel de 5% para 7% no diesel, medida que poderia gerar mais empregos e diminuir o gasto público com importação de petróleo.