Em fase final de desenvolvimento, a tecnologia batizada de diesel de etanol é uma criação da companhia americana Amyris Biotechnologies. A pesquisa é patrocinada pela fundação que o bilionário norte-americano Bill Gates, criador da Microsoft, mantém com sua mulher, Melinda.

O combustível é feito a partir de um tipo de fermentação que gera um óleo sintético, de origem vegetal, com 15 moléculas de carbono.

“Dessa forma, o combustível consegue ter um rendimento compatível com o diesel feito a partir do petróleo e trará os benefícios da tecnologia flex para o transporte de carga”, afirma Gilberto Leal, gerente de desenvolvimento da Mercedes.

Enquanto o etanol tem um poder energético cerca de 60% menor do que o diesel de petróleo, o combustível de origem vegetal desenvolvido pelos pesquisadores apresentou rendimento equivalente ao do combustível fóssil.

Os pesquisadores afirmam que essa opção é mais eficiente que o biodiesel disponível hoje, pois a queima do diesel de etanol não exigirá alterações nos motores antigos. Ou seja: caminhões que já estão em circulação poderão ser abastecidos com ele.

O plano é, inicialmente, misturá-lo ao diesel comum para ajudar a reduzir a poluição na comparação com os motores da atual geração.

O projeto ainda está em desenvolvimento e, enquanto o diesel de etanol não vem, a opção é aliar as tecnologias atuais aos combustíveis “verdes” já utilizados.

Na Suécia, modelos da Volvo já rodam com biodiesel e câmbio automatizado I-Shift de 16 marchas.

A transmissão mais longa ajuda a economizar combustível, já que a rotação do motor funciona dentro do ciclo ideal, sem “esticadas”.

Segundo a marca, o sistema automatizado ainda traz o benefício de reduzir o esforço físico dos motoristas.