O apagão logístico enfrentado pelos produtores de grãos – principalmente aqueles situados na região Centro Oeste, e que tentam escoar o resultado da “supersafra” nos portos do país causa preocupação ao governo federal, que teme pelo agravamento da situação da balança comercial. Segundo do Ministério do Desenvolvimento e da Agricultura, o déficit acumulado no 1º trimestre ultrapassa os R$ 5 bilhões.

Mato Grosso, maior produtor de grãos do País, enfrenta a pior situação, devido a arcaica malha viária que serve o estado. Especialistas apontam uma defasagem de 20 a 30 anos só na malha rodoviária, já que a ferroviária é insignificante e pouco contribui para o escoamento dos grãos até os principais portos, localizados na região sudeste do Brasil.

Produtores de soja e milho – as commodities que agregam mais peso positivo para a economia brasileira, têm enfrentado uma árdua labor para exportar os grãos, devido a filas que atingem até 100 quilômetros de extensão.

A dificuldade para embarcar os grãos da supersafra já fez com que mega produtores como Eraí Maggi classificassem o governo como incapaz para gerir a infraestrutura nacional. O senador Blairo Maggi (PR-MT) também criticou a burocracia do governo federal.